Gazeta Esportiva

Rússia aposta que “Blatter não vai deixar” Ucrânia boicotar Copa de 2018

Um conflito político parece ter se embrenhado de vez no futebol. Meses após a Uefa dirigir sorteios da Liga dos Campeões para ucranianos e russos não se enfrentarem, a Ucrânia estuda boicotar a Copa do Mundo a ser realizada no país vizinho em 2018. Apesar da ameaça, o presidente honorário da União Russa de Futebol, Vyacheslav Koloskov, duvida que algo como isso aconteça.

“Em termos de um boicote, infelizmente Poroshenko (presidente ucraniano) não é a primeira pessoa a falar sobre isso”, falou Koloshov à Reuters. “Mas Joseph Blatter (presidente da Fifa) geralmente diz que política é política e futebol é futebol. É claro que ele não vai deixar que um boicote aconteça. Na Ucrânia, eles não sabem mais o que tentam alcançar”, critica.

Koloshov se baseia em declaração dada em setembro por Blatter, que entende que “um boicote no esporte nunca teve benefício”. A sugestão de Petro Poroshenko não é novidade no futebol europeu, mas tem pouca força nos bastidores da Fifa, e um boicote ucraniano à Copa ainda é visto como improvável.

A tensão entre os países é uma das polêmicas que envolve a Copa de 2018. A candidatura russa tem sido colocada em debate por suposta compra de votos na eleição decidida por federações associadas à Fifa. Antes dos Jogos Olímpicos de Inverno, de 2014, em Sochi, algumas leis russas foram consideradas homofóbicas por parte da imprensa europeia, mas nem por isso o evento foi boicotado.

Se a Ucrânia conseguir classificar para o Mundial, Blatter considera de bom tom manter a seleção em grupo diferente da Rússia. Desta forma, a exemplo do que ocorreu na atual edição da Liga dos Campeões, o sorteio do maior torneio de futebol pode ser dirigido.

Conflito político no leste europeu pode influir nas classificações para próxima Copa do Mundo (Foto: Kirill Kudryavtsev) – Credito: AFP

Exit mobile version