Gazeta Esportiva

Questionado no Monaco, Subasic vira herói croata na Copa

Croatia's goalkeeper Danijel Subasic gestures after he stopped Russia's forward Fedor Smolov's shot during the penalty shootout during the Russia 2018 World Cup quarter-final football match between Russia and Croatia at the Fisht Stadium in Sochi on July 7, 2018. / AFP PHOTO / Kirill KUDRYAVTSEV / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - NO MOBILE PUSH ALERTS/DOWNLOADS

Subasic se tornou herói improvável (Foto: Jewel SAMAD/AFP)

A Croácia alcançou a inédita final de Copa do Mundo com uma campanha surpreendente e improvável no torneio, cheia de tensões, viradas e personagens. Dentre os personagens principais, os craques mundialmente conhecidos, como o camisa 10 do Real Madrid, Modric; Rakitic, titular do Barcelona e o centroavante da Juventus, Mandzukic, ainda existiu espaço para um herói coadjuvante aparecer e salvar a pele croata em momentos decisivos.

O goleiro Daniel Subasic foi essencial para a seleção chegar às semifinais. Primeiro defendendo três pênaltis contra a Dinamarca, nas oitavas de final, igualando, assim, o recorde do argentino Goycochea, em 1990. Já nas quartas, contra a anfitriã Rússia, também na disputa de pênaltis, fez uma defesa que ajudou o time a superar os russos. Contra os ingleses, pela vaga na final, o arqueiro pouco trabalhou, já que o ataque adversário acertou apenas uma bola na sua meta.

Com apenas cinco gols sofridos em seis jogos, Subasic chega à final com um gol a mais que Lloris, goleiro da França. Foram 12 defesas ao longo da competição, que dão 75% de aproveitamento ao camisa 1 croata, contra 73% do francês.

Foram quatro defesas em decisões de pênaltis no torneio (Foto: Odd ANDERSEN/AFP)

Aos 33 anos, o atleta passou a defender sua seleção em 2009, e desde então compõe o elenco croata nas principais competições internacionais. Na Copa de 2014 foi reserva do experiente Stipe Pletikosa, que se aposentou em 2016. Titular desde a saída de Pletikosa, Subasicc vive o principal capítulo de sua carreira no próximo domingo, em busca do título inédito de campeão do mundo, contra a França.

Quis o destino que o jogo mais importante da vida de Subasic fosse logo contra a França, casa do goleiro há seis anos, que joga no Monaco e vive altos e baixos com o time do Principado. O croata chegou em 2012 para ser campeão da Ligue 2, segunda divisão francesa, em seu primeiro ano defendendo a meta da equipe. Anos depois, viveu seu melhor momento na temporada 2016/17, quando o Monaco foi campeão francês após quase duas décadas de jejum. Neste mesmo ano, Subasic foi eleito o melhor goleiro da Ligue 1.

Coincidentemente, o goleiro vai precisar parar o camisa 10 da seleção francesa, Mbappé, seu ex-companheiro de clube e que vem fazendo ótima apresentação no Mundial. Os dois foram campeões juntos do campeonato francês com o Monaco. A parceria, no entanto, só durou mais um ano, já que Mbappé foi emprestado para o PSG e tem poucas chances de retornar ao Principado.

Sem o jovem atacante e outras peças importantes, o Monaco se viu longe de competir frente a frente com o forte PSG no campeonato Francês. Na Liga dos Campeões fez uma campanha pífia, ficando em último lugar na fase de grupos. A temporada foi de questionamentos sobre Subasic, que teve seu pior momento com a camisa do time e foi duramente criticado pela torcida e imprensa nacional. Na única chance de ser campeão na temporada, na Taça da Liga, o goleiro foi considerado um dos culpados pela derrota na final para o Rennes, graças a um frango.

Na véspera de uma Copa do Mundo, toda a dúvida que pairava sob as atuações do goleiro pelo seu clube, no entanto, não impediram Zlatko Dalić, técnico da seleção croata, de confiar a titularidade durante a competição a Subasic. Já na fase de grupos, contra NIgéria, Argentina e Islândia, a Croácia mostrou força defensiva, sofrendo apenas um gol de pênalti e, sem falhas ou questionamentos, o goleiro foi crescendo ao longo do torneio.

Assim, Subasic se junta aos astros mundiais de sua seleção e se torna personagem principal no capítulo final do Mundial na Rússia. Contra um ataque galático, o goleiro tenta frear a geração que joga bonito pelos Bleus e fazer história no futebol, ajudando a improvável Croácia a conquistar o Mundo. O jogo acontece no domingo (25), ao meio dia (de Brasília), no Estádio Estádio Lujniki, em Moscou.

 

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