Gazeta Esportiva

Primeira vítima internacional, San Lorenzo eliminou Ceni duas vezes

O goleiro Rogério Ceni definiu os confrontos do São Paulo contra o San Lorenzo como “praticamente um mata-mata” dentro do Grupo 2 da Copa Libertadores da América. Porém, o capitão são-paulino não guarda boas recordações das duas vezes em que esteve na mesma chave dos argentinos em torneios continentais, pois o clube brasileiro foi eliminado em ambas, apesar de o ídolo ter feito seu primeiro gol internacional justamente contra o adversário desta quarta-feira.

No dia 25 de agosto de 1999, o São Paulo recebeu o San Lorenzo, no Morumbi, com a obrigação de vencer para amenizar a desconfiança que o time de Paulo Cesar Carpegiani carregava. O time da casa saiu na frente, com gol de Marcelinho, e ampliou em cobrança de falta de Rogério Ceni.

O lance aconteceu aos 36 minutos do primeiro tempo, quando o goleiro bateu por cima da barreira e superou o goleiro Campagnuolo, que, depois de não ter conseguido defender, levantou-se e mostrou ter ficado irritado. Antes disso, Ceni só havia balançado a rede em jogos nacionais. No fim do compromisso, o São Paulo goleou por 4 a 1, pois França também deixou sua marca, e Marcelinho fez outro.

Rogério Ceni marcou seu primeiro gol internacional justamente contra o San Lorenzo – Credito: Reprodução/A Gazeta Esportiva
A vitória deu a liderança do grupo ao São Paulo naquele momento, mas a alegria não durou muito. Na última rodada da fase, o time paulista reencontrou o San Lorenzo precisando apenas de um empate na Argentina para alcançar as quartas de final, mas perdeu por 1 a 0.

Ceni esteve em campo no confronto, mas nada pôde fazer para evitar a derrota definida pelo gol de Puzineri. A eliminação frustrou os planos do clube de se reerguer depois de eliminações anteriores na temporada. “O São Paulo não conseguiu acabar com a síndrome que o persegue em 99 e, mais uma vez, pipocou no jogo decisivo”, escreveu o jornal A Gazeta Esportivana edição do dia seguinte à derrota.

Já Carpegiani deu uma explicação que também já foi usada por Muricy Ramalho em 2015. Na época, o treinador lamentou a falta de conversa entre os jogadores em campo, algo que foi falado também pelo atual comandante do time depois da derrota no Paulistão para o Corinthians.

“Nosso time não pode jogar mudo. O time vem jogando calado. Ora, até a pelada tem o grito, a intimidação. Não procuro um líder, alguém que faça isso. Queria que todos fossem assim”, declarou Carpegiani naquela época..

São Paulo foi eliminado duas vezes da Copa Mercosul com derrotas para o San Lorenzo – Credito: Reprodução/A Gazeta Esportiva
No ano anterior, o São Paulo também havia sido eliminado pelo San Lorenzo na fase de grupos da Copa Mercosul. No primeiro confronto de 1998, no dia 3 de setembro, no Morumbi, o time que era dirigido por Nelsinho Baptista e tinha Rogério Ceni na meta venceu por 2 a 1, de virada, com dois gols de Dodô, sendo um deles em cobrança de pênalti.

No entanto, mais uma vez, o São Paulo sucumbiu no jogo que valia a vaga. Rogério Ceni amargou a eliminação de longe, pois estava servindo a Seleção Brasileira e voltou no jogo seguinte à desclassificação. Enquanto isso, com Roger no gol e Mário Sergio no comando (Nelsinho já havia sido demitido), o Tricolor foi derrotado por 3 a 2 no estádio Nuevo Gasómetro, em Buenos Aires.

Antes das duas eliminações na Mercosul, o São Paulo havia enfrentado o San Lorenzo apenas duas vezes. No dia 20 de fevereiro de 1994, sob a batuta de Telê Santana, o Tricolor ganhou por 3 a 2 amistoso na Argentina.

Já a primeira partida entre os clubes foi a única que terminou empatada, em 12 de fevereiro de 1960, pelo Pentagonal de Guadalajara. O jogo terminou 2 a 2, mas o Tricolor levantou a taça depois de vencer o mexicano Deportivo Oro na rodada final.

Nesta quarta-feira, as duas equipes se enfrentam pela Copa Libertadores da América. Ambos têm três pontos, seis atrás do líder Corinthians, e se enfrentam duas vezes seguidas pelo grupo 2. Depois do confronto desta quarta-feira, no Morumbi, São Paulo e San Lorenzo duelam também dia 1º de abril, em Buenos Aires.

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