Admirável mundo novo - Gazeta Esportiva
Tomás Rosolino
São Paulo (SP)
12/08/2017 06:10:25
 

Fábio Carille já não precisa de apresentações. Aos 44 anos, contou para todos a sua história em uma temporada à frente do Corinthians, respondendo àqueles que ele considerou injustos no começo do ano, principalmente os que o tratavam como “palhaço”, na sua avaliação. Agora, o técnico curte o status adquirido pela ótima campanha em 2017 e projeta o que fazer para aumentar ainda mais o seu currículo vitorioso no clube.

“Não tem como apagar tudo o que aconteceu de uma vez e já tem o trabalho para 2018. Já perdemos dois titulares, o Pablo e o Arana, então a procura é constante para que a gente reforce bem esse elenco em busca de mais um grande ano em 2018”, disse o treinador em meio aos 40 minutos de conversa com a reportagem da Gazeta Esportiva, no último dia de treinos do clube na temporada.

Mais tranquilo para lidar com a imprensa, o treinador abriu até sua sala para fazer um balanço de 2017, projetando como lidar com a recheada temporada que tem pela frente. Deixando claro que o Paulista deve ser o lugar para os jovens do clube “desabrocharem”, ele mostrou estar se acostumando à ideia de ser uma referência na profissão a partir de agora.

“Faz parte, por tudo o que aconteceu. Sei que agora vou ser olhado de forma diferente e tenho que ser o mesmo, seguir minhas convicções. Mesmo se vierem falando que somos a quarta força ou o contrário, que agora vamos ganhar tudo, tenho de ser o mesmo”, comentou Carille, em meio a interrupções para conversar com membros da comissão técnica e do Centro de Inteligência do Futebol (Cifut).

Contente e ansioso para as “férias”, que incluem um breve descanso, curso na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), jogos beneficentes e o telefone sempre ligado à espera de reforços, Carille mostrou, porém, a mesma clareza para falar das suas ideias de jogo e expectativas. Libertadores, Copa do Mundo (com corintianos), novo time… Saiba tudo o que ele pensa sobre o futuro no Timão neste bate-papo.

Gazeta Esportiva – Depois do Paulista, quando te entrevistamos, em maio, você disse que estava meio perdido. A sensação é a mesma?

Fábio Carille – Então, a ficha não caiu por completo ainda, não. A gente fica muito preso aqui dentro, perde um pouco da dimensão, mas, a cada vez que saio na rua, que vou a algum evento, sou presenteado. É uma sensação muito gratificante mesmo, pelo ano de trabalho que foi, chegar ao final com duas conquistas.

Gazeta Esportiva – Está ganhando muitos presentes de corintianos?

Fábio Carille – (Risos) Presente de torcedores, quadro do Basílio, um ídolo corintiano (a entrega havia sido feita momentos antes da entrevista). São coisas que deixam a gente bastante emocionado.

Gazeta Esportiva – Ainda está pensando no título ou já está projetando 2018?

Fábio Carille – Na verdade, tudo junto e misturado. Não tem como apagar tudo o que aconteceu de uma vez e já tem o trabalho para 2018. Já perdemos dois titulares, o Pablo e o Arana, então a procura é constante para que a gente reforce bem esse elenco em busca de mais um grande ano em 2018.

Gazeta Esportiva – Vocês têm buscado nomes para algumas posições (Renê Júnior e Júnior Dutra), mas não repuseram as saídas. Para a zaga, quem seria esse reforço? O Marllon, da Ponte Preta?

Fábio Carille – Então, é um jogador que começou bem o campeonato, fez um grande Paulista, mas terminou não jogando nessa fase final. No geral, pelo que ele fez no Atlético-GO ano passado, existe a possibilidade, sim.

Gazeta Esportiva – O ano que vem, desde o dia 10 de janeiro, já começa com uma sequência de jogos quarta/domingo. Você pensa em abdicar de alguma competição para aguentar o calendário?

Fábio Carille – Nossa participação na Libertadores, como é fase de grupo, vai ter que ser bem lá na frente. O que a gente vai ter de cuidado nesse começo é que a equipe considerada titular jogue dois jogos e tire um de descanso. É para que tenha uma base muscular e um trabalho físico bastante forte. Se eu já começar do dia 3 até o dia 17, com viagem aos Estados Unidos, com uma sequência muito forte e não trabalhar o lado muscular, é provável que, em dois ou três meses, a gente tenha problemas. Não só com lesão, mas também com queda de rendimento físico. Vai ser um início de muito cuidado, em que terei que escutar bastante os meus auxiliares, parte física, departamento médico para que, no final de janeiro, a gente tenha tudo equilibrado: parte física, técnica e tática, com uma sequência bem grande.

Gazeta Esportiva – É possível que haja uma pré-temporada maior para os titulares, como ocorreu em 2013, por exemplo, depois do Mundial?

Fábio Carille – Em 2013, a nossa apresentação foi em três grupos, um no início, outro no dia 9/10 e outro no 17 para estrear 19 de janeiro. Agora, não. Chegam todos juntos, com tempo de preparação igual, então é dar atenção a todos ao mesmo tempo. E ir discutindo o dia a dia para ver se é melhor segurar um jogo.

Gazeta Esportiva – A ideia é que vá todo o mundo para a Flórida ou alguém pode ficar no Brasil (o clube joga a Copa Flórida no dia 10, contra o PSV-HOL, e no dia 13, contra o Rangers-ESC)?

Fábio Carille – Também vai depender muito da questão física. Muitas vezes, para alguém que está parado, não vai compensar ir para lá ficar cinco dias. É o caso do Walter, por exemplo, que vai ficar porque aqui as condições de tratamento são melhores. Vai ficar de caso a caso para decidir, mas, quanto maior for o número de jogadores, melhor para nós. (Neste momento o preparador de goleiros, Mauri Lima, entra na sala para falar com Carille. “Vai para casa, Mauri, depois a gente conversa”, pediu o treinador. “Te ligo”, respondeu Mauri, encaminhando-se para a saída do CT).

Gazeta Esportiva – Bom, dando sequência aqui, o Paulista é um campeonato com liberação de atletas da base para atuar. É uma oportunidade para dar mais rodagem a nomes como o Mantuan, o Pedrinho e o Carlinhos, campeões da Copinha-17 que subiram para o elenco?

Fábio Carille – Foram três situações específicas. Infelizmente, eles tiveram problemas. Quem teve mais chance foi o Pedrinho, mas passou por uma cirurgia nas amígdalas e acabou perdendo peso. É um menino que tem melhorado fisicamente, mas precisa melhorar muito mais. O Mantuan passou por cirurgia. O Carlinhos passou por cirurgia no púbis logo na chegada. Vamos ver como se desenrola. Muitas vezes, é válido um empréstimo para algum desses jogadores para que rodem e joguem, como aconteceu com outros. Mas espero dar oportunidade para eles, sim.

Gazeta Esportiva – Então, há chance de eles serem cedidos por empréstimo no Paulista?

Fábio Carille – Então, é. Vai depender muito da chegada de jogadores. A gente primeiro espera as chegadas para poder determinar o que fazer com quem está aqui.

Gazeta Esportiva – Quando conversamos em maio, perguntamos se achava o time parecido com o de 1995, campeão paulista e da Copa do Brasil, e você, ainda antes do Brasileiro, respondeu que via mais semelhanças com o campeão brasileiro de 1990. Lembra-se disso? Quem foi o Neto desse time?

Fábio Carille – Quando eu me lembro de 1990, eu me lembro de que também era um time desacreditado por todos, e os caras se juntaram em campo, com um jogador que resolvia na bola parada. Não consigo ver esse jogador hoje aqui. Vejo um time de operários, que absorveram bem a ideia de jogo e foram para campo para executá-la. Destaque maior? Vamos falar do Jô, por exemplo, mas, para que ele fizesse os gols, houve trabalho dos outros. Quantos cruzamentos do Arana ajudaram? Passes do Jadson? Não consigo te dizer esse destaque individual, não.

Gazeta Esportiva – Mas você se lembrava dessa comparação com 1990?

Fábio Carille – Não me lembrava (risos). Pela questão como aconteceu em 1990, mais do que pelo título. Agora que você falou, eu realmente já tinha feito essa comparação.

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Gazeta Esportiva – Em qual posição, essencialmente, você precisa de reforços?

Fábio Carille – Eu queria equilibrar todos os setores. Se não perdesse nenhum jogador, já precisaria de um zagueiro a mais, porque fomos para alguns jogos, neste ano, com dois apenas. Quero dois jogadores de velocidade, porque só temos Marquinhos e Clayson. Hoje, quando não contamos com os dois, ficamos amarrados na questão de profundidade. São as buscas que a gente tem.

Gazeta Esportiva – A utilização de jogadores emprestados está descartada? Você tem, por exemplo, Lucca e Mendoza, que se encaixariam nesse perfil de atacante de velocidade.

Fábio Carille – Não há nada descartado. Não tem como trabalhar assim. É um ano complicado para o Corinthians por causa de política, da eleição em fevereiro. Está tudo no papel esperando para ver como vai ficar definido.

Gazeta Esportiva – Você falou depois do empate contra o Atlético-MG que daria um passo atrás nas mudanças que planejava para 2018 por causa das saídas. Qual é essa forma de jogo que você está planejando?

Fábio Carille – Depende muito do elenco. Como falei, se mantivesse a linha de quatro, eu gostaria de um meio-campo mais solto, trazendo Jadson e Rodriguinho por dentro, fazendo Marquinhos com Clayson, Romero. Mas, para isso, eu teria de tirar um volante e, para compensar, a linha de quatro precisaria estar muito bem treinada. Saindo os dois e sem saber quem chegará, talvez eu tenha que manter esse 4-2-3-1 para que os jogadores se entendam de uma maneira mais fácil. O que quero no dia 3 de janeiro é já estar com 90% do elenco fechado para projetar essa forma de jogo.

Gazeta Esportiva – Está ansioso para sua primeira Libertadores da América como técnico?

Fábio Carille – Olha, estou bem tranquilo. Aqui, com o Corinthians, participei de 2010, 2012, 2013, 2015 e 2016. Como técnico, é a primeira, mas sempre estive junto com os profissionais para saber o que fazer, principalmente na fase do mata-mata, quando não dá para fazer um jogo muito abaixo porque não há tempo de recuperar. Estou muito tranquilo e acreditando que a gente vai fazer um ano maravilhoso.

Gazeta Esportiva – Você citou uma vez o jogo contra o Racing, pela Sul-Americana, como um “aperitivo” do que será a Libertadores.

Fábio Carille – Sim, sim.

Gazeta Esportiva – Em comparação com o ano, aquele jogo foi muito diferente. Você teve, no total, quatro expulsões em 2017. Duas só naquela partida. O que existe de tão diferente?

Fábio Carille – Tudo é um aprendizado. Achei a arbitragem lá muito ruim, irritou todo o mundo, mas vamos ter que saber passar por cima disso. Focar no jogo, esquecer um pouco o árbitro. É um aprendizado, sim. Temos que melhorar essa questão. Em algumas ocasiões do ano, a gente se irritou com coisas que não precisava.

Gazeta Esportiva – Como técnico, o homem da palavra final, como você mesmo diz, você teve de lidar com algumas situações fora do campo, que nem chegam à imprensa…

Fábio Carille – Muitas.

Gazeta Esportiva – Queria falar de duas específicas: uma é de quando você admitiu que teve queda de rendimento do time por propostas do exterior, a outra é o sequestro da irmã do Jô, antes da partida contra o Inter, pela Copa do Brasil.

Fábio Carille – Começando pela do Jô, na verdade eu não tive participação nenhuma. Ele nem apareceu aqui, foi resolver o problema particular, e a diretoria me comunicou. Na questão desse segundo semestre, quando chegou em setembro, começou. A gente aqui, internamente, sabe da busca por jogadores, já estando com o elenco bem reduzido em alguns setores. E os jogadores… É natural quando aparece um time da Espanha, da Itália. A família muda, a cabeça muda com a possibilidade de mudança para um país desses. “Pô, vou viver na Itália, na Espanha”. Você perde o foco, sim. E eu conversava individualmente. “Calma, deixa as pessoas resolverem, foca aqui porque a conquista do Brasileiro vai ser muito importante depois do primeiro turno que nós fizemos”. Essa foi conversa do dia a dia, bem aberta.

Gazeta Esportiva – Então, você chamou para conversar quem você achava que tinha caído de rendimento.

Fábio Carille – Sim, todos eles, todos eles. Chamei os mais experientes para que me ajudassem nesse momento. Teve proposta para os mais experientes também, mas esses sabem assimilar melhor tudo isso.

Gazeta Esportiva – Houve algum jogador que foi mais difícil recolocar a cabeça no lugar?

Fábio Carille – Não, não, o grupo é muito bom. Não tive problemas com eles, não.

Gazeta Esportiva – Qual foi o seu maior acerto em 2017?

Fábio Carille – O maior acerto, não tenho dúvida, foi no dia 3 de janeiro, quando nos reapresentamos, a comissão, aqui nessa sala (bate na mesa para mostrar o lugar). Dali até o dia 11, quando chegaram os atletas, conversamos e chegamos à conclusão da nossa ideia de jogar. Desde o primeiro dia de trabalho, os treinos foram coordenados para buscar essa ideia do 4-1-4-1 ou 4-2-3-1, um pouco de dúvida só na formação desse triângulo do meio. Não perdemos tempo nenhum de treinamento.

Gazeta Esportiva – E o maior erro? Essa é um pouco mais difícil.

Fábio Carille – Olha, não diria o maior erro, mas aprendi bastante a controlar a ansiedade quando diziam que a gente já era campeão brasileiro com muitos jogos para rolar ainda. Ir para campo querendo fazer gol de qualquer jeito, deixando de fazer o que fazíamos antes, acelerando demais a bola. Uma ansiedade minha, com todo o mundo falando: “Vamos entrar em campo e, com 10 minutos, vai estar 2 a 0. Vamos fazer mais três pontos”. E os jogadores assim também. Então, o maior acerto a ser feito nos próximos anos é de, se eu estiver numa equipe que disparar assim, abordar os jogadores de forma bem diferente.

Gazeta Esportiva – Você teve alguma decepção neste ano?

Fábio Carille – No geral?

Gazeta Esportiva – É.

Fábio Carille – Olha, no geral, acho que só com a imprensa. A partir do momento da ironia e do deboche. A pessoa pegar e falar “não acredito que o Fábio vá dar certo como técnico do Corinthians” é uma opinião. Agora, quando fica com risadinha, rosto para a televisão, colocam sua foto no jornal e na TV e começam com ironia, tratando como palhaço. Isso me chateou bastante. Há várias formas de você questionar e ter dúvidas sobre o profissional. Mas tratar como um palhaço, ganhar audiência em cima da sua imagem e te tirar como tonto, isso me incomodou bastante. Não consigo ficar quieto. Não levo para a imprensa, mas, quando encontro, vou e falo.

Gazeta Esportiva – Mas quando você acha que foi tratado como um palhaço?

Fábio Carille – No começo do ano. Pode buscar aí, as matérias, reportagens. Tenho milhões para te mostrar. Como existem muitos que parabenizei pela opinião, a crítica, há também esse lado. Mas, quando começa com essas coisinhas, é muito chato. Primeiro, você deve ter respeito pelo ser humano, a forma como fala mexe com o ser humano. E eu não fiquei quieto.

Gazeta Esportiva – No começo do ano, você falou sobre como tinha dificuldades em falar com a imprensa, em como foi difícil dar preleção para nomes como Roberto Carlos e Ronaldo. Mas, bom, você é o técnico campeão brasileiro agora. As pessoas já te encaram de forma diferente? Mais respeito, mais atenção?

Fábio Carille – Aqui, no dia a dia, não mudou nada.

Gazeta Esportiva – Não aqui, mais de fora para dentro. Quando você viaja, sai para jantar, sente um respeito maior pela sua figura?

Fábio Carille – Com certeza. Começou a mudar desde aquela vitória contra o Palmeiras, no Paulista. O respeito, agora existe muito. Faz parte, por tudo o que aconteceu. Sei que agora vou ser olhado de forma diferente e tenho que ser o mesmo, seguir minhas convicções. Mesmo, se vierem falando que somos a quarta força ou o contrário, que agora vamos ganhar tudo, tenho de ser o mesmo.

Gazeta Esportiva – Uma passagem que chamou a atenção foi um papo seu com o Luan, do Atlético-MG, antes de ele entrar em campo no jogo contra o Galo. O que ele falou para você?

Fábio Carille – O Luan é um cara que observo. Sou observador mesmo, desde a época do Barueri, quando era auxiliar. De Barueri, eu pegava o carro para vê-lo jogar em Sorocaba, pelo Atlético Sorocaba. Assisti a jogos contra o XV, decisivos. É um cara que primeiro veio me parabenizar, e parabenizei ele também. Foi mais nessa linha de parabenizar mesmo.

Gazeta Esportiva – Nada para o futuro do Corinthians?

Fábio Carille – Não pensamos sobre isso, é um cara que acho difícil sair do Atlético-MG, pela moral que tem lá. Mas é um jogador que acrescentaria para qualquer clube.

Gazeta Esportiva – O elenco atual tem dois nomes que você pediu e não fizeram um grande ano: Kazim e Fellipe Bastos. Qual é a sua avaliação deles?

Fábio Carille – Começando pelo Kazim. Tenho certeza de que, se ele tiver uma sequência de jogos, vai render. É um cara pesado, que precisa jogar. Quanto ao Fellipe, eu errei. Ele vinha de um futebol de baixa intensidade, o futebol árabe, onde se treina pouco por causa do calor. Coloquei em campo muito rapidamente. Parecido com o que aconteceu com o Vagner Love, quando voltou da China. Aceleramos o processo dele. Houve um erro meu. Aí, a engrenagem funcionou com outros jogadores, e eles não entraram. Mas são caras exemplares para o elenco.

Gazeta Esportiva – Você conta com eles para o ano que vem?

Fábio Carille – Sim, fazem parte do grupo. Depende também do que o grupo vai buscar de contratações, de uma nova presidência. De uma troca com jogadores que nos interessem também. É um momento que vai demorar para definir o elenco por causa desses detalheszinhos aí.

Gazeta Esportiva – Falando sobre eleição, alguém disse para não se preocupar com isso? Muda algo em relação às contratações?

Fábio Carille – Está tudo andando bem com o Alessandro e o Roberto, mas sabemos que é um momento complicado. Muitas vezes, é uma dívida que um presidente deixa para o outro. Precisa ter um entendimento. Sei que há encontros entre eles e acredito que, em dezembro, vai dar para anunciar alguns nomes.

Gazeta Esportiva – Em dezembro de 2016, você prometeu um time bem organizado. Para 2018, qual é o pensamento?

Fábio Carille – A mesma coisa. O que mais peço a Deus é para que haja um entendimento tão grande entre comissão e elenco como aconteceu neste ano. Vão ter algumas mudanças. Que esses novos jogadores entendam a nossa filosofia. Que a gente divida as responsabilidades, de vir aqui e deixar as coisas muito bem definidas para os jogadores cumprirem no campo. Falar em títulos, não dá. Tem que falar em jogar bem. Como foi no Paulista. Vamos por etapas, construindo o nosso time.

Gazeta Esportiva – Do seu elenco, quem você acha que estará na Copa do Mundo?

Fábio Carille – Acho que três. Os dois que foram convocados várias vezes, Cássio e Fagner, e um que nunca foi, que é o Jô. Acredito que os três estarão.