Michel Bastos ainda vai seguir fora, mas clima no São Paulo já é outro - Gazeta Esportiva
Michel Bastos ainda vai seguir fora, mas clima no São Paulo já é outro

Michel Bastos ainda vai seguir fora, mas clima no São Paulo já é outro

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

16/09/2016 às 08:00 • Atualizado: 16/09/2016 às 17:03

São Paulo, SP

A comemoração do gol de Wesley mostrou como o grupo do São Paulo se fechou depois de tanta turbulência (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
A comemoração do gol de Wesley mostrou como o grupo do São Paulo se fechou depois de tanta turbulência (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)


Aos poucos, o São Paulo vai se encaixando. Ricardo Gomes pegou o clube em meio a uma crise de resultados, problemas com torcedores, jogadores chegando, outros ameaçando deixar o clube. Não faltavam problemas. Agora, depois de duas vitórias seguidas, o técnico já fala em tom otimista até mesmo diante da série de três jogos que o Tricolor fará longe do Morumbi – duas pelo Campeonato Brasileiro e uma pela Copa do Brasil.

"Estamos preparados. Jogar contra o Atlético-PR não é fácil. Depois, tentar recuperar contra o Juventude, depois o Vitória. Tudo isso vai ser preparado. Jogadores voltando. Estou bem confiante", admitiu o treinador, que, fora de campo, ainda tem o assunto Michel Bastos para resolver.

Há três partidas, o camisa 7 não entra sequer na lista de relacionados de Ricardo Gomes. Depois da reunião de terça que culminou na permanência do meia, esperava-se que Michel Bastos voltasse à rotina normal de jogos já nesta quinta. Mas, o técnico são-paulino adiantou que o retorno não está programado nem mesmo para este fim de semana.

“Os dois últimos treinos do Michel foram muito bons. Vamos esperar. Não será na próxima partida, mas acho que em uma semana, dez dias, deve voltar a jogar”, avisou Ricardo Gomes, que analisou seu jogador esgotado mentalmente depois de tanta turbulência e da fatídica invasão ao CT da Barra Funda.

Denis, que também foi alvo das críticas e da ira de parte dos torcedores no primeiro semestre, hoje goza de prestígio pela boa fase e acredita que tanto Michel Bastos, quando Carlinhos e Wesley, os principais atletas a sofreram com as cobranças, estão preparados para dar a volta por cima.

“Todos os jogadores que sofreram com a invasão são experientes. Mantendo o foco, mantendo a cabeça no lugar, sem dúvida eles são jogadores de muita qualidade e podem, sim, ajudar a equipe, como o Wesley ajudou. Já tivemos muitos jogadores que sofreram críticas esse ano, eu sou um deles, e é o que eu mais venho fazendo, Trabalhando, foco total. Os resultados estão vindo. Nossa equipe melhorou muito, mas não podemos parar por ai”, comentou o goleiro.

Rodrigo Caio, que chegou a ser chamado de “jogador de condomínio” pelo assessor da presidência do clube quando o São Paulo não vivia uma boa fase, é outro que hoje se tornou em um dos atletas mais valorizados e respeitados do elenco. Depois da vitória contra o Cruzeiro, o zagueiro ressaltou a confiança do grupo e usou o caso de Wesley como exemplo.

“Wesley é um cara que trabalha muito, não se abate com nada. É um dos poucos que eu vi no futebol com a personalidade que tem. Um cara que trabalha sério, duro e merece. Joga muitas vezes para o time e as pessoas não reconhecem. A gente também espera que o Michel volte, porque é importante para o time. Contamos com todos”, contou Rodrigo, muito elogiado por Ricardo Gomes depois da vitória sobre a Raposa. Para muitos, o campeão olímpico foi o melhor em campo no Morumbi.

"Não o conhecia tão bem. Mas é cabeça muito boa. Isso ajuda bastante. Discreto, mas com liderança. Canta o jogo, uma liderança sem gritar. E teve uma saída que acertou o travessão muito boa. Vamos utilizar, porque me lembrou bons tempos de zagueiros. E não comigo", brincou Ricardo Gomes, que brilhou muito na função quando ainda calçava chuteiras.



 

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