Indignado com arbitragem, Leco se diz admirado pela equipe Tricolor - Gazeta Esportiva
Indignado com arbitragem, Leco se diz admirado pela equipe Tricolor

Indignado com arbitragem, Leco se diz admirado pela equipe Tricolor

Gazeta Esportiva

Por Redação

14/07/2016 às 01:38 • Atualizado: 14/07/2016 às 01:53

São Paulo, SP

Leco valorizou todo o grupo do São Paulo depois da eliminação polêmica na Colômbia (Foto: Raul Arboleda/AFP)
Leco valorizou todo o grupo do São Paulo depois da eliminação polêmica na Colômbia (Foto: Raul Arboleda/AFP)


Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente do São Paulo, concedeu uma entrevista coletiva após a eliminação do clube na Copa Libertadores com uma serenidade espantava e só não era maior que sua indignação com o árbitro chileno Patricio Polic depois da derrota por 2 a 1 para o Atlético Nacional, em Medellín, na Colômbia. O mandatário, além das duras críticas ao juiz, fez questão de ressaltar o quanto ficou orgulhoso dos jogadores que tentaram colocar o Tricolor em mais uma final, mas acabaram sucumbindo em um confronto recheado de polêmicas.


“Um quadro vergonhoso. Uma arbitragem tendenciosa, toda ela voltada para não permitir que o São Paulo conseguisse um bom resultado. Hoje certamente nós não conseguiríamos a classificação em nenhuma hipótese. E eu quero ressaltar que a despeito do grande orgulho, da admiração que eu tenho por toda a equipe do São Paulo, pela forma digna e honrada que se houve na partida”, disse Leco, colocando a não marcação do pênalti em Hudson no primeiro tempo como ponto máximo do jogo.


“Nós jogamos contra um adversário de muita qualidade. Um adversário que teve uma conduta importante durante todo o jogo. Não deu um pontapé e não precisou, porque é uma equipe que sabe jogar futebol, mas só no momento que o jogo se desequilibrou em São Paulo e aqui é que lograram o resultado. E eu poucas vezes na vida vi um pênalti tão escandaloso, tão pênalti quanto aquele que nós sofremos no primeiro tempo. E virar com 2 a 1 é diferente”, reforçou.


O presidente são-paulino então fez questão de lembrar outra demonstração de força do atual elenco ainda nesta Libertadores e não poupou elogios aos jogadores, que mesmo desacreditados por boa parte da crítica e com muitos problemas internos, inclusive de desfalques, lutou pela vaga à final da competição continental.


“Esse time teve honra, teve grandeza, como teve no Independência, quando jogamos contra o Atlético-MG, quando fizemos o resultado aos 14 minutos do primeiro tempo e mantivemos até o final. Então, é um time de muita qualidade, é um time que tem o meu respeito e a minha admiração”, enalteceu, antes de voltar a criticar a arbitragem.


“E é muito triste que o trabalho sério de reconstrução que o São Paulo fez esse ano tenha sido atacado e afetado e atingido assim por uma arbitragem tão tendenciosa. E que repete, não de uma forma tão escandaloso, outros momentos que eu já me manifestei a respeito ao longo de toda a competição. É revoltante e triste nós passarmos por essa vergonha que nós vimos aqui”, concluiu Leco.



Perseguição e CBF

Ainda falando após o jogo desta quarta-feira, Leco foi questionado sobre uma reflexão mais ampla do que a derrota desta quarta-feira. E o presidente do São Paulo concordou com a ideia de que os clubes brasileiros, de uma forma geral, têm sofrido com a arbitragem seguidamente e estranhamente na Copa Libertadores da América.


“Isso é histórico. Isso nós temos visto. Eu posso falar pelo São Paulo, posso citar, se precisar, todos os momentos. Não vou fazê-lo agora, mas sei que o São Paulo foi sim, ao longo de toda a competição, prejudicado, como diversos prejudicados foram outros brasileiros. Talvez não queiram que o futebol brasileiro se afirme no cenário do continente”, opinou.


O dirigente só se sentiu incomodado quando teve de responder sobre a ausência de um representante da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para dar suporte aos seus afiliados em competições internacionais.


“Espero contar (com a CBF). Evidentemente que espero contar. A CBF é a entidade máxima do nosso futebol e ela está vendo o que passou aqui”, disse, evitando entrar em conflito com o presidente Marco Polo del Nero, que nunca mais saiu do país desde que passou a ser investigado pelo FBI.


“Certamente que (os clubes) estão por sua própria conta. Claro que seria importante, teria força, mas é um detalhe, um momento que nós estamos vivendo, infelizmente, sobre qual eu não quero fazer qualquer comentário”, encerrou.


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