O fogo que simboliza as Olimpíadas foi transferido ao Brasil oficialmente nesta quarta-feira, 27 de abril, data que marca 100 dias para o início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A cerimônia recheada de simbolismo ocorreu em Atenas no Estádio Panatenaico, que recebeu a primeira edição olímpica da era moderna 1896.
O Brasil foi representado por Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016. Foi ele quem recebeu a tocha olímpica das mãos do presidente do Comitê Olímpico Helênico, Spyros Capralos. Em seu discurso em Atenas, ele retomou uma das frases utilizadas no dia da eleição da cidade nacional como sede das Olimpíadas, em Copenhague em 2009.
“O Rio está pronto para fazer história”, disse Nuzman. “Os Jogos Olímpicos pertencem a todos os povos de todas as idades. Queremos manter a promessa de fazer todas as pessoas participarem das Olimpíadas”, disse o carioca.
O Brasil recebeu a chama seis dias após seu acendimento em Olímpia e um revezamento pelo território grego – um dos pontos altos foi a passagem pelo campo de refugiados Eleonas pelas mãos do refugiado sírio Ibrahim al-Hussein. A cerimônia ocorreu nesta quarta-feira no Estádio Panatenaico, construído inteiramente em mármore proveniente do Monte Pentélico e sobre as bases de uma arena da Grécia Antiga.
A chama olímpica passará esta noite na Embaixada do Brasil na Grécia e será levada nesta quinta-feira à Suíça, onde será exposta na sede da Organização das Nações Unidas e do Comitê Olímpico Internacional. O fogo chega ao país-sede dos Jogos em 3 de maio, quando se inicia o revezamento pelo Brasil.
No País, a tocha olímpica será conduzida por 12 mil pessoas e passará por 329 cidades até chegar ao Maracanã no dia 5 de agosto para o início oficial dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016. O primeiro brasileiro a carregar o artefato acesso foi o ex-jogador de vôlei Giovane Gávio.
Ele se tornou a segunda pessoa a carregar o fogo olímpico após seu acendimento, na última quinta-feira em Olímpia, recebendo a tocha das mãos de um atleta grego em outro ato com significado simbólico.
A cerimônia em Atenas marcou o fim do revezamento da tocha pela Grécia, berço das Olimpíadas antigas e da era moderna. Os hinos nacionais grego e brasileiro foram interpretados por um coral de crianças para abrir o evento, que contou com atrizes interpretando sacerdotisas e foi acompanhado pelo público das arquibancadas do Panatenaico.
