"Falcão é o nosso treinador até prova em contrário". A frase de Pedro Affatato foi a senha para a saída de Paulo Roberto Falcão da direção de futebol colorada. O treinador contava com a simpatia de conselheiros do Convergência Colorada, um dos movimentos que integra a direção do Inter, mas para um cargo superior ao de técnico, como diretor executivo remunerado, por exemplo.
Com a saída de Carlos Pellegrini, fiel aliado e um dos mais criticados pela torcida do Inter, Píffero ficou sozinho no comando do departamento de futebol. Após a derrota contra o Cruzeiro, assumiu o "erro" ao acumular as funções e afirmou que pretendia anunciar mudanças até sábado. Elas não ocorreram.
Com a demissão de Falcão, há um movimento para que Fernando Carvalho volte ao clube, como vice de futebol ou assessor de futebol. O dirigente, que presidiu o Internacional nas conquistas do Mundial e da Libertadores de 2006, afirmou reiteradas vezes que não voltaria à direção do Internacional, mas está sendo convencido pelos seus antigos aliados de que é uma situação emergencial e sua chegada ajudaria muito. O Inter está há 11 partidas sem vencer no Campeonato Brasileiro, perto da zona do rebaixamento.
Fernando Carvalho se reunirá com Vitório Píffero para definir se aceita o convite para voltar à direção colorada. O novo técnico seria definido por ele, em conjunto com outros membros dessa direção. Newton Drummond, o Chumbinho, e o deputado estadual pelo PMDB Ibsen Pinheiro são cogitados para fazer parte do departamento de futebol, mas a tendência é que grupos minoritários na gestão, como o próprio Convergência Colorada, ganhem destaque.
Para substituir Falcão, que nunca contou com o apreço de Fernando Carvalho como técnico, são cotados nomes como Celso Roth, que está desempregado, e Lisca, que está no Joinville. O nome, porém, deverá ser definido apenas depois da constituição do departamento de futebol.
