O técnico Luiz Felipe Scolari teve sua saída do comando do Grêmio confirmada nesta terça-feira. Em entrevista coletiva, o presidente do clube, Romildo Bolzan Jr., confirmou o desligamento do treinador. Bolzan e Felipão se reuniram pela manhã no CT Luiz Carvalho. Logo após o encontro, o mandatário do clube confirmou a saída de toda a comissão técnica, formada pelos auxiliares Ivo Wortmann e Flávio Murtosa, além do preparador físico Darlan Schneider.
“O Luiz Felipe não é mais o treinador do Grêmio, pediu demissão hoje pela manhã. Entendeu que seu ciclo e sua capacidade de avançar no elenco estavam concluídas, e o Grêmio aceitou o seu pedido”, informou o presidente gremista, que garantiu a permanência do atual departamento de futebol, com o diretor executivo Rui Costa e o diretor de futebol César Pacheco. “O trabalho foi bom, mas aconteceu o desgaste”, completou Bolzan.
Em 51 jogos como técnico do Grêmio, Felipão obteve 26 vitórias, 12 empates e 13 derrotas. Sua chegada, em agosto de 2014, ocorreu apenas um mês após a seleção brasileira, comandada por ele, levar 7 a 1 da Alemanha na semifinal da Copa do Mundo. Ainda assim, o treinador manteve seu prestígio inabalado junto aos gremistas: técnico mais vitorioso da história do clube, foi recebido com muita festa ao chegar a Porto Alegre.
Os resultados, porém, não animaram. Em 2014, o Grêmio não conseguiu chegar à classificação para a Libertadores. Com contenção de despesas para 2015, a equipe apresentou muitos problemas no começo do Gauchão. Felipão conseguiu acertar o time, mas foi derrotado pelo Inter na decisão.
O mau início no Campeonato Brasileiro fez o torcedor perder, enfim, a paciência: após a derrota para o Coritiba, no último sábado, a delegação foi recebida com vaias no Aeroporto Salgado Filho, na capital gaúcha. Nem Scolari escapou dos apupos.
Romildo Bolzan Jr. afirmou que o Grêmio começará a avaliar a chegada de um novo técnico a partir da tarde desta terça. Os nomes mais cogitados no momento são os de Cristóvão Borges e Celso Roth.
