O Chile voltou a sonhar com a classificação direta para a fase de grupos da Copa do Mundo de 2018. Recebendo o Uruguai nesta terça-feira, pela 12ª rodada das Eliminatórias, os atuais bicampeões da Copa América saíram atrás com gol de Cavani, mas puderam contar com Vargas e Alexis Sánches, duas vezes, para selar a virada por 3 a 1.
Com o resultado desta noite e com a derrota da Colômbia para a Argentina, os chilenos passaram a ocupar a 5ª colocação na tabela, assumindo a vaga para a repescagem. Os uruguaios, que entraram despreocupados para o confronto, não foram afetados pela derrota e seguem na vice-liderança, com 24 pontos.
O destaque da partida ficou por conta de Sánchez. Depois de a Roja sair atrás e alcançar o empate no primeiro tempo, o atacante do Arsenal resolveu fazer sua estrela brilhar e não só virou o confronto como também ampliou a vantagem com dois belos gols.
Pela próxima rodada, o Chile visita a Argentina, no dia 23 de março de 2017. No mesmo dia, o Uruguai recebe o Brasil.
O jogo - Os uruguaios não se prenderam ao fato de estarem jogando como visitantes e trataram de começar com tudo na partida. Logo no primeiro minuto de bola rolando, Suaréz contou com uma furada da zaga, após lançamento direto, tocou para Cavani na entrada da área, que acabou chutando no meio e facilitou para Bravo rebater.
O ímpeto uruguaio seguiu durante boa parte da primeira etapa e o gol não demorou para sair. Depois de desperdiçar nova chance, aos quatro minutos, quando recebeu sobra e mandou por cima, Cavani não perdoou na terceira oportunidade. Aos 16 minutos, o atacante do PSG recebeu dentro da área, após Suárez contar com nova falha da defesa, e chutou no contrapé do goleiro.
Depois de abrir o placar, a equipe comandada por Óscar Tabáres perdeu o domínio das ações e ainda viu os chilenos crescerem no jogo.
Começando a assumir o controle da posse de bola e chegando mais perto da área adversária, o Chile ganhou moral e conquistou o empate minutos antes de o juiz apitar o fim da primeira etapa. Aos 46 minutos, Vargas recebeu cruzamento perfeito de Beaussejour e nem precisou pular. Livre de marcação, apenas teve o trabalho de virar a cabeça para testar no cantinho.
Na volta do intervalo, nenhuma das equipes conseguiu embalar logo de cara. Muita marcação, muita força nas divididas, mas muita falta de criatividade.
Depois de um começo bem morno, Alexis Sánchez tratou de mexer com o jogo e balançar a torcida chilena no estádio Nacional de Santiago. Aos 15 minutos, o camisa 7 deu um drible de corpo desconsertante em cima de Vecino e chutou de primeira. Apesar da força, a bola podia ser defendida e passou debaixo do goleiro Muslera.
Nem a virada no placar conseguiu ser responsável por elevar os ânimos das equipes, que seguiram com a lentidão dos primeiros minutos da segunda etapa. As ações passaram a se concentrar no meio-campo e só a individualidade de Sánchez foi capaz de quebrar a monotonia. Aos 30 minutos, o principal jogador chileno da atualidade recebeu lançamento direto de Díaz, dominou com classe e só foi parar depois de deslocar a marcação com um toque e finalizar de perna esquerda.
Com o resultado praticamente assegurado, o Chile apenas administrou a vantagem e pouco sofreu com os uruguaios. A única chance de reação saiu aos 43 minutos, depois que Gastón foi derrubado dentro da área e juiz marcou pênalti. No entanto, no embate entre Luis Suárez e Bravo, brilhou a estrela do goleiro, que caiu para fazer a defesa. 3 a 1 para os donos da casa no estádio Nacional de Santiago.
FICHA TÉCNICA
CHILE 3 X 1 URUGUAI
Local: Estádio Nacional, em Santiago (Chile)
Data: 15 de novembro de 2016 (Terça-feira)
Horário: 21h30(de Brasília)
Árbitro: Enrique Cáceres (Paraguai)
Assistentes: Eduardo Cardoso (Paraguai) e Juan Zorrilla (Paraguai)
Cartões amarelos: Luis Suárez, Álvaro Gonzalez e Lodeiro (URU); Arturo Vidal
Gols:
CHILE: Eduardo Vargas, aos 46 minutos do primeiro tempo; Alexis Sánchez, aos 15 e aos 30 minutos do segundo tempo
URUGUAI: Edinson Cavani, aos 16 minutos do primeiro tempo;
CHILE: Claudio Bravo, Mauricio Isla, Gonzalo Jara, Gary Medel e Beaussejour; Pablo Hernández, Marcelo Díaz, Arturo Vidal (Lenardo Valencia) e José Fuezalinda (Roco); Eduardo Vargas e Alexis Sanchéz (Castillo)
Técnico: Juan Antonio Pizzi
URUGUAI: Fernando Muslera, Maxi Pereira, Diego Godin, Sebastián Coates e Gastón Silva; Carlos Sánchez (Gastón Ramírez), Alvaro González (Lodeiro), Egidio Arévalo Ríos e Matías Vecino; Cristhian Stuani e Luis Suárez
Técnico: Óscar Tabárez
