Advogado esclarece "Caso Luiz Otávio" e crê em negligência da Conmebol - Gazeta Esportiva
Advogado esclarece "Caso Luiz Otávio" e crê em negligência da Conmebol

Advogado esclarece "Caso Luiz Otávio" e crê em negligência da Conmebol

Gazeta Esportiva

Por Redação

22/05/2017 às 12:25 • Atualizado: 22/05/2017 às 12:38

São Paulo, SP

A Chapecoense corre contra o tempo para regularizar sua situação na Conmebol. Acusada de ter escalado o zagueiro Luiz Otávio irregularmente no duelo contra o Lanús pela Libertadores, uma vez que o defensor foi suspenso por três jogos, a equipe catarinense protocolou sua defesa nesta segunda-feira, no entanto, ainda tenta que uma audiência com a presença das partes seja realizada para que o caso possa ser esclarecido.

Chape alega que Conmebol não notificou o clube sobre a suspensão de Luiz Otávio (Foto: Nelson Almeida/AFP)


Luiz Otávio foi expulso na partida contra o Nacional, do Uruguai,no último dia 27 de abril, pela quarta rodada do Grupo 7 da Libertadores. Na partida seguinte, contra o Lanús, o clube foi informado que o zagueiro não poderia entrar em campo, pois tinha sido punido com três jogos de suspensão, no entanto, como não havia recebido qualquer tipo de email oficial da Conmebol, bancou a escalação do jogador.

Contratado pela Chapecoense para este caso, o advogado Mário Bittencourt, o mesmo que livrou o Fluminense do rebaixamento em 2013, explicou o motivo pelo qual o clube escalou o zagueiro e mostrou insatisfação com o modo de condução do processo.

“A gente, na verdade, está indo para uma linha de defesa que a Chapecoense foi induzida ao erro pela Conmebol. Para vocês entenderem, estou fazendo essa defesa em conjunto com o Dr. Marcelo Amorety, e ele fez uma consulta na véspera do jogo da Recopa Sul-Americana, quando a Conmebol informou que o atleta [Luiz Otávio] deveria cumprir suspensão automática já na Recopa, e não na Libertadores. Neste mesmo dia eles alegam que enviaram também o resultado do julgamento do atleta com três jogos de suspensão, só que mandaram para um outro e-mail”, disse Bittencourt em entrevista ao programa Redação SporTV.

“Eles [Conmebol] alegam que enviaram um e-mail, que não foi para o e-mail do advogado da Chapecoense. A Chape não acusou o recebimento desse e-mail, aí na hora do jogo o delegado da partida, sete dias depois do que supostamente tinham informado, apresenta no celular o resultado que o jogador estaria fora do jogo contra o Lanús. A Chapecoense pede para trocar esse jogador e o delegado não autoriza. Na dúvida, a Chapecoense colocou o jogador no jogo e não há irregularidade, já que ela não foi informada”, completou o jurista.

Ao contrário dos julgamentos no Brasil, em que o clube apresenta a defesa e comparece pessoalmente à audiência, no âmbito sul-americano o procedimento é bem diferente. A Conmebol exige que uma defesa seja protocolada e enviada à entidade para que possa haver o julgamento, sem necessidade de defesa oral. Insatisfeito com esse formato, o advogado Mário Bittencourt crê que uma audiência presencial seja fundamental para um julgamento justo.

Um dos maiores adversários da Chapecoense neste caso é o tempo. A Conmebol exigiu que a defesa fosse protocolada até às 13h (de Brasília) desta segunda-feira, diferente do horário que costuma adotar para esse procedimento (18h). Como o jogo contra o Zulia pela Libertadores acontece nesta terça, há uma grande tensão e incerteza sobre o futuro da equipe na competição continental.

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