Vítor Pereira revela o que falou a Roni e indica imaturidade em empate cedido ao Athletico-PR
Por Redação
16/06/2022 às 01:03 • Atualizado: 16/06/2022 às 01:20
São Paulo, SP
O treinador analisou a partida, a dificuldade encontrada no gramado sintético do estádio e comentou a falta de maturidade de alguns jogadores, como Roni, que ficou apenas cinco minutos em campo e acabou expulso. Além disso, ele acredita que o árbitro Leandro Vuaden geriu mal a situação.
“O jogo… Neste (gramado) sintético é fraco, para quem quer um jogo técnico. A bola salta muito, a bola cria dificuldades no controle, no passe. Eles estão mais habituados do que nós, o ambiente também é adverso a nós. Um jogo corrido, às vezes bem jogado, em que nós podíamos ter saído daqui com os três pontos. Custa perder dois pontos dessa forma. Isso é claramente crescimento, algumas imaturidades em partes do jogo, principalmente na parte final. Poderíamos ter levado os três pontos, mas a equipe lutou, trabalhou para ganhar, o adversário também quis ganhar”, iniciou VP em coletiva de imprensa após o jogo.
"A situação dos cartões já é a segunda vez que nos acontece isso, já aconteceu contra o Boca. Primeiro, na minha opinião, o árbitro geriu mal a situação, devia ter sido cartão amarelo para o adversário na lateral e, para mim, como não geriu bem a situação antes, e tem experiência para isso, resulta em duas expulsões, uma para nós e outra para eles. O que disse ao Roni é que jogador que entra de fora tem que entrar mais tranquilo, porque, naquele momento, a equipe precisa de ajuda, equilíbrio no meio, e temos que aprender com isso, refletir, vamos todos ter uma conversa. O jogo completamente controlado, aquilo incendiou o jogo, acabamos depois cometendo um erro, um erro que, para mim, é de crescimento, de jogadores jovens que vão crescer dessa forma, cometendo erros, custando dois pontos, infelizmente. É conversar com eles e prepararmos já, porque não temos muito tempo", complementou.
Vítor Pereira também falou sobre a lesão de Fagner, que está há mais de um mês fora dos gramados, e também de outros assuntos, como Róger Guedes.
Com o empate diante do Athletico, o Corinthians perdeu a chance de retomar a liderança do Brasileirão, chegando aos 22 pontos. Para piorar, nesta quinta, o rival Palmeiras recebe o Atlético-GO no Allianz Parque e pode ampliar a diferença.
O Timão agora volta suas atenções para seu próximo compromisso, o jogo contra o Goiás, na Neo Química Arena, domingo, às 16h (de Brasília).
Veja outros trechos da coletiva de Vítor Pereira:
Lateral-direita e modificações
“Hoje optamos pelo Mantuan. O Rafael não jogava há alguns jogos 90 minutos, no último jogou e jogou bem, Mantuan fresco é um jogador que dá profundidade naquele corredor. Hoje sentiu dificuldades no setor defensivo e tentamos corrigir no intervalo, e corrigimos a situação. O Adson estava fazendo um bom jogo, mas eles, como estavam fazendo variações pela largura do campo, estavam criando algumas dificuldades, e o Mantuan está mais acostumado ora a pressionar alto ora a fechar no corredor. Portanto, procuramos corrigir as situações, o fato é que estávamos tendo dificuldades e não quisemos fazer a substituição antes. Pensamos nisso, porque estávamos com dificuldades. No primeiro lance do Rafael, dá o amarelo. Quando a falta é ao contrário, está fazendo gelo, tomou uma pancada no joelho, mas aí é o jogador adversário que chegou atrasado e bateu nele. O que eu acho é que o jogo, naquele momento dos vermelhos, deveria ter sido gerido de outra forma, pela experiência que o árbitro tem".
Fagner
“A lesão do Fagner não foi uma simples entorse, foi uma lesão muito mais grave. Ele continua com alguma limitação, alguma dor, às vezes se habitua. Hoje, no campo sintético, com dor ainda no tornozelo, este terreno para lesões é difícil para jogadores que têm problemas. Tem muita gente fazendo gelo agora, é muito exigente, portanto, optamos por não integrar, começar a dar alguns minutos para dar confiança por ser sintético, esse tipo de piso. O próximo jogo espero que seja possível dar alguns minutos, vamos ver”.
Róger Guedes
"Neste momento não temos o Júnior Moraes, não temos mais o Jô. Temos que criar uma dinâmica com o Willian e o Róger, com eles alternando entre aparecer por dentro e por fora. Ele tem trabalhado bem, fez um bom jogo hoje (quarta) e marcou um gol bonito. Tem que estar com a atitude de querer jogar, independente se é na esquerda ou no meio. O Willian pode aparecer por dentro ou por fora também. Não temos um atacante para fazer o pivô. Então quem não tem cão, caça com gato. Temos que ter outro tipo de chegada na área, com mais velocidade, que é o que temos tentado fazer".
Gerir emoções
"Não é fácil jogar aqui com a grama sintética e o ambiente. Nos faltou gerir um pouquinho melhor nossas emoções, tranquilizar a parte final do jogo, que estava controlado. Nós, em um lance e outro que perdemos a bola, perdemos quando tínhamos controle, criando esperança para o adversário. Depois, teve essa confusão com os amarelos e vermelhos, que deu ânimo para eles e nos desorientou um pouco. Perdemos o foco e fizemos um pênalti com o jogador correndo para a lateral. Mas, como eu disse, são jovens que vão cometer erros e vão crescer desta forma".
"Outro lado" dos garotos
"Eu não imagino o que seria da minha equipe se não tivéssemos esses garotos, não sei onde estaríamos na tabela. Com tanta gente de fora, eles, naturalmente cometendo erros, com a maturidade que vem com o tempo, respondem. Sinceramente, não consigo imaginar o Corinthians sem tantos jovens em condições de render. Não estaríamos lutando no topo da tabela".
