Vazamento de dados sugere negociação envolvendo Infantino - Gazeta Esportiva
Vazamento de dados sugere negociação envolvendo Infantino

Vazamento de dados sugere negociação envolvendo Infantino

Gazeta Esportiva

Por Redação

06/04/2016 às 09:46 • Atualizado: 06/04/2016 às 10:11

São Paulo, SP

Investigações apontam para Infantino por conta de negociações suspeitas com empresários (Foto:Luis Acosta/AFP)
Investigações apontam para Infantino por conta de negociações suspeitas com empresários (Foto:Luis Acosta/AFP)


Eleito de forma unânime como o primeiro sucessor após 18 anos de Era Blatter, o suíço-italiano Gianni Infantino se incumbiu da missão de trabalhar na reforma política e na reconstrução da imagem da Fifa enquanto entidade soberana do futebol mundial.

No entanto, viu seu nome citado, na última terça-feira, em um dos relatórios que compõem os 11,5 milhões de documentos compilados pelo jornal alemão Suddeutsche Zeitung em parceria com o ICIJ, consórcio de jornalistas investigativos dos Estados Unidos.

De acordo com os documentos, Infantino está envolvido no caso chamado de “Panamá Papers” por ter negociado direitos de transmissão de três temporadas da Liga dos Campeões com uma offshore criada pela Mossack Fonseca, empresa panamenha que ajudou diversas personalidades ao redor do mundo a depositar quantias em contas do exterior.

Além dos acordos pela Liga dos Campeões, Infantino também envolveu a transmissão da Liga Europa e da Supercopa Europeia no pacote. À época, o dirigente atuava no comando do departamento jurídico da Uefa antes de se tornar braço-direito de Michel Platini, a partir de sua eleição, em 2007.

Segundo o que foi relatado até então, Infantino negociou a transmissão da Champions e de outros torneios com a Cross Trading, empresa com sede numa ilha do sul do Oceano Pacífico, local onde os encargos tributários são mais baixos e a privacidade bancária mais garantida.

Os donos da empresa, os argentinos Hugo e Mariano Jinkins, pagaram o equivalente a US$ 111 mil (cerca de R$ 411 mil) a Infantino pelo acordo. Ambos foram indiciados, ainda em 2015, por engendrarem o esquema de corrupção que abalou a Fifa desde a prisão de sete dirigentes na Suíça, em maio passado.

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