O governo britânico informou neste domingo que planeja testar um sistema de passaporte sanitário na Inglaterra a partir de meados deste mês. A medida pretende permitir a retomada de atividades muito afetadas pela pandemia, como jogos de futebol e eventos em recintos fechados.
O plano será detalhado nesta segunda-feira pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, que também vai anunciar novas normas para viagens de férias ao exterior. Esses movimentos estão proibidos até 17 de maio, pelo menos.
“Estamos fazendo tudo o que podemos para permitir que nosso país (…) reabra da forma mais segura possível”, disse o líder conservador em um comunicado.
Neste sentido, será desenvolvido “nos próximos meses” um “certificado de status covid-19”. Este documento irá indicar se a pessoa foi vacinada, é negativa ou tem anticorpos para permitir reuniões maciças. Não será exigido nos transportes públicos, nem em comércios essenciais, tampouco em bares, quando voltarem a abrir.
O projeto será lançado em nove testes piloto, entre eles na semifinal e na final da Copa da Inglaterra de futebol no estádio de Wembley, uma noite em uma boate e uma conferência em Liverpool.
O serviço público sanitário está trabalhando em uma forma de demonstrar o estado de saúde em relação à covid-19 através de um aplicativo ou em papel, segundo o governo britânico.
O projeto do passaporte sanitário foi recebido com hostilidade por mais de 70 deputados britânicos de todo o espectro político. Eles o consideram “discriminatório”.
Muitos países avaliam a possibilidade de criar um passaporte sanitário e alguns já o puseram em marcha, como a China.
A União Europeia apresentou, em março, um projeto de certificado. O documentou foi solicitado por países muito dependentes do turismo, como a Grécia. A expectativa é de facilitar as viagens dentro de seu território às vésperas da temporada de verão.