Gazeta Esportiva

Ferrari não consegue superar Mercedes e Hamilton, mesmo com dobradinha no último pódio

Vettel deixou adversário abrir vantagem (Foto: Kiril Kudryavtsev/AFP)

Apesar de ter ocupado duas posições no pódio do GP da Hungria e confirmado a concisão de equipe, a Ferrari ainda enfrenta gargalos significativos para conquistar o favoritismo no que diz respeito aos vencedores do esperado Grande Prêmio da Itália de Fórmula 1 que acontecerá em setembro.

Uma das evidências é que a boa largada de Vettel na Hungria parece não ter sido o suficiente para compensar algumas das claras falhas técnicas na utilização dos pit stops durante a disputa. “Tive problemas na troca de pneus”, justificou Vettel, “a segunda posição não era exatamente o que queríamos”. Ainda não se sabe quais medidas a equipe tomará para resolver estas questões, mas sabe-se que isso pode ser o suficiente para definir uma possível derrota.

Do outro lado, a vitória de Hamilton foi o suficiente para compensar o quinto lugar do companheiro de equipe, o finlandês Valtteri Bottas, aumentando ainda mais o favoritismo do GP italiano. Para o inglês, a vitória foi fruto de mudanças importantes realizadas pela equipe dias antes. “Fizemos uma grande mudança no carro porque estava desconfortável”, relata. Dentre as expectativas para o circuito de Monza no GP da Itália, o site de apostas esportivas Betway já aponta Hamilton como a maior probabilidade.

Estatísticas e possibilidades técnicas

Ao analisar as possibilidades e expectativas do que poderá acontecer em setembro no GP da Itália, algumas equipes são quase que de imediato deixadas de lado na chance de levarem o pódio, como a Renault que tem apresentado recorrentes problemas com o funcionamento de seus equipamentos, resultando em decepção geral na equipe na Red Bull. Na Hungria, por exemplo, Max Verstappen teve problemas pela quarta vez num total de doze corridas utilizando maquinário da Renault.

A empresa francesa se eximiu da culpa ao alegar que há algum tempo possuem um sistema de recuperação de energia que não é utilizado pela Red Bull, de forma totalmente deliberada, e por isso não podem ser culpados pelo resultado da corrida. “O novo MGU-K gerencia a temperatura de maneira mais efetiva, mas não podemos forçar a Red Bull a utilizá-lo”, relatou o diretor de competições da Renault, Cyril Abiteboul.

Assim, apesar de ter levado as quatro temporadas precedentes a 2014, quando Vettel ainda era piloto da equipe, Renault e Red Bull perderam o favoritismo nesta temporada de 2018. Porém, vale ressaltar que mesmo com o ceticismo atual da equipe, o cenário pode mudar a partir de 2019, quando, segundo anunciou a Red Bull, pretende abandonar a desgastada parceria com a Renault para passar a utilizar motores da empresa japonesa Honda.

Quanto a Vettel, o alemão agora tem feito parte da equipe da Ferrari e tem mostrado uma boa performance ao ganhar os GP da Grã-Bretanha, Canadá, Bahrein, Austrália. Sua tecnicidade e prodigiosidade já garantiram diversos recordes mundiais como piloto mais jovem. Ano passado ficou em terceiro lugar no GP de Abu Dhabi e em terceiro no GP italiano.

Clássicos que se repetem

As possibilidades mais altas, no entanto, apontam para Lewis Hamilton. A inquestionável qualidade técnica da Mercedes tem evidenciado o talento do automobilista britânico de 33 anos de idade. Com um GP de vantagem sobre Vettel, este ano Hamilton conquistou os GP da Hungria, Alemanha, França, Espanha, Azerbaijão. Em questões técnicas, mostrou excelente desempenho nas classificatórias do último GP na Hungria.

Quanto ao fato de ganhar este ano, Hamilton declarou que o quinto título é um sonho que pretende alcançar. “No momento em que estou, acho que ter quatro (títulos) é um grande feito, e conseguir o quinto seria inimaginável”, relatou, deixando claro que talvez não pretenda permanecer tanto tempo correndo para conseguir a mesma quantidade de títulos que Schumacher, é heptacampeão e registrou um total de 308 corridas ao longo de sua carreira.

A respeito de seu companheiro de equipe Valtteri Bottas, apesar de ter levado o pódio de Abu Dhabi e o segundo lugar no circuito italiano em 2017, tem demonstrado alguns deslizes técnicos pontuais que retiram um possível favoritismo para o primeiro lugar, além das problemáticas que ocorreram na Hungria, estatisticamente Bottas já conta com duas corridas não concluídas este ano.

É importante lembrar, no entanto, que ainda poderão acontecer muitas modificações técnicas até o esperado circuito de Monza no Grande Prêmio da Itália em setembro. Além disso, em toda a trajetória até o GP final há diversos circuitos com dificuldades de execução que podem favorecer as equipes mais preparadas. Como exemplo, ano passado o complicado circuito brasileiro José Carlos Pace (ou simplesmente Interlagos), contou com a vitória de Vettel representando a Ferrari.

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