Às vésperas de completar uma semana de seu retorno ao cargo de presidente em exercício da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero rechaçou as suposições feitas a seu respeito e voltou a defender sua manutenção no poder, dando garantias com relação à transparência e à lisura das contas da entidade.
Em entrevista publicada pela Folha de S.Paulo, nesta quarta, Del Nero – que deixou o cargo em dezembro, cedendo espaço de forma provisória a Marcus Vicente, e depois a Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes – reiterou o equilíbrio do quadro político da CBF aproveitando para negar todas as acusações.
“Não aceito acusações sem provas e muito menos ilações sobre fatos não ocorridos. Antes de eu provar minha inocência, precisam provar minha culpabilidade com fatos concretos e não ‘achismos’”, declarou.
Desde o fim de 2015 o ex-presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF) está sob a mira da investigação que corre na Justiça norte-americana com o apoio do FBI. Correm também no Comitê de Ética da Fifa e na CPI do Futebol, no Senado Federal, ações contra a figura de Del Nero.
Ao lado de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, e José Maria Marin – em prisão domiciliar nos Estados Unidos – o atual mandatário da CBF é acusado de engendrar um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo direitos de transmissão de torneios sul-americanos.
No entanto, seguiu garantindo que a entidade máxima do futebol brasileiro está isenta de irregularidades fiscais.
“Ao contrário de outras organizações que sempre, por má administração, estão a dever e com dificuldades financeiras para cumprir suas obrigações, a CBF está com seus balanços auditados por empresa respeitável no mercado e ainda assim trabalha com transparência na distribuição dos recursos”, garantiu.