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A Copa do VAR: como seria o Mundial sem o recurso da tecnologia

Andres Cunha entrou para a história das Copas do Mundo ao ser o primeiro árbitro a revisar um lance pelo VAR (Foto: Luis Acosta / AFP)

A Copa do Mundo da Rússia foi encerrada neste domingo com a seleção da França se sagrando a grande campeã do torneio. Dentre as várias coisas que ficarão eternizadas desta 21ª edição do torneio, uma das principais delas será a utilização do árbitro de vídeo, o VAR.

Estreante na competição, a consulta tecnológica sofreu de um sentimento misto entre os torcedores de todo o planeta durante os 64 jogos do torneio. No entanto, esta não foi a mesma sensação que parece ter sentida pela Fifa, que logo após a disputa das semifinais da competição exibiu alguns resultados sobre o recurso em que mostra que o VAR sai da Copa com um índice de acerto de 99,3%.

Ainda segundo este estudo, a tecnologia foi utilizada para 445 revisões de lances até a semifinal do torneio, obtendo uma média de aproximadamente sete consultas por partida. A partir dessas consultas e revisões, a arbitragem alterou 17 decisões finais após rever o lance no monitor localizado na lateral do campo, gerando uma Copa do Mundo bastante diferente da que seria sem a utilização desse recurso.

Mas como seria a Copa sem o VAR?

A primeira fase da Copa do Mundo sofreria gigantescas alterações caso o VAR não tivesse sido utilizado. Para se ter uma ideia, dos oito jogos que se formaram nas oitavas de final com os classificados dos oito grupos, apenas dois se manteriam sem o auxílio da tecnologia.

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O Brasil por exemplo enfrentaria a Suécia e não o México na primeira partida mata a mata, já que os europeus só conseguiram passar em primeiro do Grupo F devido a um pênalti diante da Coréia do Sul, que precisou ser revisto pelo árbitro para ser marcado e garantir a vitória magra dos suecos na partida. Caso não fosse marcado, os europeus teriam terminado a fase de grupos na segunda colocação e enfrentariam a Seleção Brasileiro na fase seguinte.

Outra mudança interessante seria a eliminação da Espanha, que contou com dois auxílios da tecnologia para conseguir a sua classificação. Sem a ajuda nos jogos contra o Irã e Marrocos, a equipe que avançaria no Grupo B seria o Irã, que avançaria na segunda colocação, enquanto Portugal passaria na primeira colocação.

Dessa forma os únicos confrontos que não sofreriam alterações nas oitavas de final seriam os duelos entre Bélgica e Japão e Colômbia e Inglaterra.

Oitavas da Copa do Mundo sem o VAR:                                 
Uruguai x Irã

Dinamarca x Argentina

Brasil x Suécia

Bélgica x Japão 

Portugal x Rússia

Croácia x França

México x Suíça

Colômbia x Inglaterra

Fase finais

Griezmann converte pênalti marcado após revisão do VAR (Foto: Mladen ANTONOV / AFP)

Durante a fase de mata-mata, o VAR precisou ser bem menos utilizado para a correção de decisões feitas em campo. Apesar dos lances sofrerem a revisão, as alterações sobre as decisões que eram feitas dentro de campo foram bem menores. Vale ressaltar que como nesse momento a Copa sofreu uma redução em seus números de jogos, o que possibilitou para a Fifa selecionar os melhores trios de arbitragem para os jogos, qualificando ainda mais o nível do apito nos jogos.

O momento mais marcante da utilização do auxílio do árbitro de vídeo durante esses dezesseis jogos, aconteceu na decisão do torneio. Após a cobrança de um escanteio, o atacante Perisic utilizou o braço para desviar a bola. Inicialmente o árbitro Néstor Pitana não havia percebido a irregularidade, que só foi marcada após o juiz rever o lance através do monitor na lateral do campo. Griezmann acabou convertendo a penalidade e dando novamente a vantagem para os franceses.

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