Gazeta Esportiva

Trágico acidente do avião da Chapecoense completa quatro anos

Acidente com o avião da Lamia ocorreu supostamente por pane seca (foto: Raul Arboleda/AFP)

O dia 29 de novembro ficará marcado para sempre na história do futebol de uma forma muito triste. O acidente aéreo que envolveu o time da Chapecoense completa quatro anos neste domingo (considerando o horário brasileiro – seria no dia 28 na Colômbia). O desastre antes da final da Copa Sul-americana deixou 71 mortos e diversas famílias desamparadas e um sentimento de revolta.

Em função da pandemia do coronavírus, a Chapecoense anunciou apenas ações pontuais neste ano para recordar a tragédia. As principais lembranças serão feitas através das redes sociais. Antes da partida deste sábado pela Série B do Brasileiro, a atual equipe exibiu uma faixa sobre o terrível acontecimento na Colômbia.

Em relação às vítimas, segundo o Blog Lei em campo, a Chapecoense fechou um novo acordo com as famílias em julho deste ano através de uma intermediação do Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina (TRT-SC), até porque a queda de divisão (da Série A para a B) foi um duro golpe nas receitas do clube.

No entanto, nenhuma família conseguiu ainda receber a indenização da seguradora da empresa LaMia, a responsável pelo voo. Uma decisão da Justiça da Flórida, nos Estados Unidos, deu em primeira instância a vitória a 40 famílias das vítimas uma valor somado em indenizações de US$ 844 milhões (cerca de R$ 4,5 bilhões), segundo a Folha de S. Paulo noticiou em julho deste ano. Só que é apenas uma vitória inicial no processo.

No início de 2020, o ex-zagueiro Neto deu seu depoimento para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga o acidente, presidida pelo senador Jorginho Mello (PL-SC). Ele criticou a falta de ação dos órgãos governamentais em prol da resolução das questões envolvendo o desastre.

“Às vezes, fico com raiva de falar desse assunto, em um país que é patriota, que diz lutar pelo seu povo, mas não vê o governo mover uma palha. Se caísse um avião norte-americano no Brasil, e o nosso país estivesse errado, a coisa seria diferente. Nós não representávamos apenas um clube ou uma cidade, nós representávamos um país. A gente não quer nada mais do que o justo, a justiça, e isso passa pelas mãos de todos os que estão em Brasília”, declarou.

Antes do jogo contra o Guarani, Chape homenageou vítimas – Foto: Márcio Cunha/ACF

No ano passado, logo na semana em que o desastre completou três anos, a Chapecoense confirmou seu rebaixamento para a Série B do Brasileiro, o primeiro de sua história, após perder para o Botafogo.

Agora, a equipe do interior catarinense apresenta sinais de reação. Líder da Série B do Campeonato Brasileiro, a Chape tem grandes chances de retornar à elite do futebol brasileiro em 2021.

Confira a baixo a lista completa de vítimas e sobreviventes do acidente:

Vítimas:

Elenco da Chapecoense:

Danilo – goleiro

Gimenez – lateral

Bruno Rangel – atacante

Marcelo – zagueiro

Lucas Gomes – atacante

Sergio Manoel – meio-campista

Filipe Machado – zagueiro

Matheus Biteco – meio-campista

Cleber Santana – meio-campista

William Thiego – zagueiro

Tiaguinho – meio-campista

Josimar – meio-campista

Dener Assunção – lateral

Gil – meio-campista

Ananias – atacante

Kempes – atacante

Arthur Maia – meio-campista

Mateus Caramelo – lateral

Aílton Canela – atacante

Comissão técnica:

Caio Júnior – técnico

Eduardo de Castro Filho – auxiliar técnico

Luiz Grohs – analista de desempenho

Anderson Paixão – preparador físico

Anderson Martins – preparador de goleiros

Dr. Marcio Koury – médico

Rafael Gobbato – fisioterapeuta

Cocada – roupeiro

Sergio de Jesus – massagista

Adriano – membro da comissão

Cleberson Silva – membro da comissão

Luiz César Martins Cunha (Cesinha) – comissão técnica

Gilberto Pace Thomas – assessor de imprensa

Diretoria:

Sandro Pallaoro – presidente

Mauro Stumpf – vice-presidente de futebol

Eduardo Preuss – diretor

Chinho di Domenico – supervisor

Nilson Folle Júnior – diretor

Decio Burtet Filho – diretor

Edir de Marco – diretor

Ricardo Porto – diretor

Mauro dal Bello – diretor

Jandir Bordignon – diretor

Dávi Barela Dávi – empresário

Delfim Peixoto Filho – vice-presidente da CBF e presidente da Federação Catarinense

Imprensa:

Victorino Chermont – repórter

Rodrigo Santana Gonçalves – cinegrafista

Deva Pascovich – narrador

Lilacio Júnior – coordenador de transmissões

Paulo Julio Clement – comentarista

Mario Sergio Pontes de Paiva – ex-jogador e comentarista

Guilherme Marques – repórter

Ari de Araújo Júnior – cinegrafista

Guilherme Laars – produtor

Giovane Klein – repórter

Bruno Mauro da Silva – técnico

Djalma Araújo Neto – cinegrafista

André Podiacki – repórter

Laion Espindula – repórter

Renan Agnolin – radialista

Fernando Schardong – radialista

Edson Ebeliny – radialista

Gelson Galiotto – radialista

Douglas Dorneles – radialista

Jacir Biavatti – comentarista

Tripulação:

Miguel Quiroga – piloto

Ovar Goytia – piloto

Sisy Arias – copiloto

Romel Vacaflores – assistente de voo

Alex Quispe – auxiliar de voo

Gustavo Encina – representante da LaMia

Angel Lug – técnico da aeronave

Sobreviventes:

Alan Ruschel – lateral da Chapecoense

Jakson Follman – ex-goleiro da Chapecoense

Neto – ex-zagueiro da Chapecoense

Rafael Henzel – jornalista (faleceu em março de 2019, vítima de ataque cardíaco)

Erwin Tumiri – técnico da aeronave

Xemena Suarez – comissária de bordo

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