Mergulhado em crise financeira, o Vasco viveu momentos turbulentos antes da decisão diante do Bangu. Uma ameaça de greve tornou o clima mais tenso e jogadores considerados importantes como Thiago Galhardo e Maxi López, acusados de liderar o movimento, foram afastados do jogo decisivo no Maracanã. O Vasco deve o 13° salário e o mês de fevereiro e, além disso, não existe muita esperança de que os salários de março que vencem no próximo dia 20 sejam pagos no prazo.
Um dos mais experientes da equipe, o goleiro Fernando Miguel disse, depois do jogo, que o grupo tem encontrado dificuldades por causa do atraso nos salários, mas elogiou o presidente Alexandre Campello que, segundo o jogador, tem agido de forma transparente sobre os problemas que tomaram conta do clube de São Januário. E garantiu que a equipe vai lutar até o final.
“Nunca vai faltar empenho e nem respeito à camisa do Vasco. Vamos superar esse momento difícil”, garantiu.
Além dos problemas com a falta de pagamento, Fernando Miguel disse que a derrota para o Flamengo, nos pênaltis, na semifinal da Taça Rio também abalou muito os jogadores, principalmente pela forma como ocorreu. O Vasco sofreu o gol do empate nos acréscimos e perdeu o título na disputa de pênaltis.
“Temos temos mais uma oportunidade de disputar titulo. E contra o maior rival. Momentos como esses valorizam o profissional e marcam sua história no clube”, disse o goleiro.
Vaiar é direito da torcida
O atacante Yan Sasse foi muito vaiado pela torcida do Vasco quando foi escolhido por Alberto Valentim para substituir Rossi, ainda no primeiro tempo. O técnico foi chamado de burro, mas Sasse conseguiu dar a volta por cima e marcar o gol da vitória do Vasco sobre o Bangu. Para o jogador, o protesto é uma atitude normal do torcedor e disse que deixou o campo com sentimento de alegria.
“Tenho certeza de que Valentim confiou em mim e pude retribuir com o gol. Espero ter nova chance e ajudar a equipe a conquistar o título”, afirmou.
Maracanã – A diretoria do Vasco aproveitou o jogo diante do Bangu para se manifestar contra a parceria entre Flamengo e Fluminense na administração do Maracanã. O time entrou campo com a seguinte frase estampada na camisa: #OMaracaÉdeTodos.