Gazeta Esportiva

Eurico volta a detonar gestão anterior e prevê 2016 ainda “muito difícil”

Ao fazer balanço de 2015, Eurico culpa gestão de Dinamite por fracasso esportivo e acredita que 2016 ainda será difícil (foto: Paulo Fernandes/CRVG)
Em balanço de 2015, Eurico culpa gestão de Dinamite por fracasso esportivo e crê em 2016 difícil (foto: Paulo Fernandes/CRVG)

Ao fim de um ano que a torcida do Vasco vai querer esquecer – pelo menos o segundo semestre, que trouxe o terceiro rebaixamento à Série B – Eurico Miranda fez questão de dar satisfações. O presidente entrou em detalhes sobre a situação financeira do clube, voltou a detonar a gestão anterior e anteviu que 2016 será mais um ano fraco em termos de investimento no futebol.

“Hoje, o Vasco está em dia com as suas obrigações. Funcionários e jogadores pagos, incluindo o decimo terceiro salário. Mas o sócio e o torcedor devem saber que 2016, não só pela situação do País, mas pelo quadro ainda grave na área financeira do clube, será de preparação para uma estabilidade maior”, declarou o mandatário, em carta publicada no site oficial do Cruz-Maltino.

Esta foi a conclusão de Eurico após apresentar sua visão sobre a situação financeira conforme a encontrou no fim de 2014, quando foi eleito para seu quarto mandato como presidente do clube na história. Assim, voltou a tecer críticas à gestão de seu antecessor, o ídolo Roberto Dinamite.

“Com mais de 50 anos de Vasco, tendo sido situação ou oposição diversas vezes, e visto momentos difíceis, nada é comparável à realidade de dezembro de 2014, quando assumi”, disse. Segundo o mandatário, todas as cotas de TV estavam comprometidas em pagamentos de empréstimos a bancos, além de penhoras e outras dívidas.

Outras verbas de patrocínio também teriam sido adiantadas, bem como a receita relativa às edições de 2015 e 2016 do Campeonato Carioca – todas empenhadas para o pagamento de salários atrasados. Em resumo, o Cruz-Maltino teria dívida tributária de R$ 226 milhões à época, reduzida após pagamento de R$ 14 milhões em impostos e adesão ao Profut para R$ 144 milhões.

“Muitos perguntam porque isso não foi mostrado à época. Simplesmente explicitar esse quadro seria afastar qualquer negócio com o clube. Como alguém vai investir ou confiar numa instituição que não tem condições de honrar compromissos mínimos? Era preciso tocar o clube. Foi o que fizemos”, comentou o presidente.

Na área patrimonial, Eurico fala em situação de “degradação”, com ginásio sem piso, parque aquático “abandonado” e “sujeira por toda parte”. O dirigente se orgulha de ter limpado as “montanhas de lixo” nos arredores de São Januário e revitalizado as áreas citadas do clube.

O presidente ainda cita a construção do Centro Avançado de Prevenção, Recuperação e Rendimento Esportivo (Caprres), programada para ser concluída em abril próximo, como uma das grandes vitórias obtidas no ano. Assim, conclui a carta de forma até otimista, mas comedida.

“O ano de 2016 começa mais estruturado que 2015, mas ainda será muito difícil. Muito do trabalho iniciado há um ano vai aparecer mais, com estrutura bem melhor para São Januário, incluindo o prédio do Caprres e o campo anexo, e um conhecimento amplo dos potenciais e das limitações ainda impostas pelo passado”, encerrou.

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