Zetti retorna ao São Paulo para formar goleiros e evitar nova “Cenidependência” - Gazeta Esportiva
Zetti retorna ao São Paulo para formar goleiros e evitar nova “Cenidependência”

Zetti retorna ao São Paulo para formar goleiros e evitar nova “Cenidependência”

Gazeta Esportiva

Por Marcelo Baseggio

08/04/2021 às 15:19 • Atualizado: 08/04/2021 às 15:29

São Paulo, SP

Zetti foi apresentado nesta quinta-feira como mais um reforço da gestão do presidente Julio Casares. O ídolo são-paulino chega ao clube como coordenador de goleiros, com a missão de usar toda a sua experiência debaixo das traves para formar novos atletas da posição nas categorias de base e promovê-los ao time profissional.

O trabalho de Zetti não será apenas técnico. O ex-goleiro também terá a missão de enraizar uma cultura de jovens goleiros que podem dar conta do recado no profissional. Após a aposentadoria de Rogério Ceni o clube sofreu bastante para encontrar um substituto, e é exatamente esse tipo de situação que terá de ser evitada.

“O São Paulo viveu uma entressafra com a presença do Rogério Ceni, parece que ninguém se preocupou com essa formação na base dos goleiros para tirar o lugar do Rogério Ceni. A preocupação era contratar um goleiro para trazer igualdade ao Rogério Ceni. Nesse período sempre falei que era preciso de três goleiros brigando, um de 30, um de 25 e um de 18. O tempo foi passando, e o Rogério estava na posição dele. Grande profissional, grande goleiro, o maior da história do São Paulo, não há dúvida. Era um cara muito profissional, mas faltou alguém ali no banco de reservas falar: “Opa, vou treinar mais que esse cara, vou buscar esse espaço”, coisa que o Rogério Ceni fez quando eu estava no São Paulo”, afirmou Zetti.

Zetti chega ao São Paulo para "produzir" goleiros para o profissional (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)


O agora coordenador de goleiros relembrou como era a rotina quando concorria com Rogério Ceni pela vaga de titular no São Paulo. Bicampeão mundial e da Libertadores no clube, o consagrado Zetti demorou para dar um espaço ao jovem promissor vindo de Sinop, no Mato Grosso.

“Ele ficou quatro, cinco anos observando como eu treinava e jogava. Amadureceu dentro do São Paulo e encontrou o momento para assumir a posição. Neste período se esqueceram do trabalho na base e que esses meninos da base poderiam chegar e encarar como uma grande oportunidade ser reserva do Rogério, mas ser titular também, de buscar a posição”, prosseguiu.

“Temos que tentar criar na base. Não vou dizer que vou fazer, porque é difícil, mas com o tempo vamos resgatar esse DNA da escola de goleiros do São Paulo. Passa por mim, pelo Rogério e pelo Volpi. Vamos trabalhar para fazer chegar no profissional um grande goleiro”, concluiu.

Conteúdo Patrocinado