São Paulo sofre derrota no STF, mas não vê reforma estatutária ameaçada - Gazeta Esportiva
São Paulo sofre derrota no STF, mas não vê reforma estatutária ameaçada

São Paulo sofre derrota no STF, mas não vê reforma estatutária ameaçada

Gazeta Esportiva

Por Redação

07/02/2017 às 21:29 • Atualizado: 07/02/2017 às 21:32

São Paulo, SP

O Supremo Tribunal Federal (STF) deu parecer favorável nesta terça-feira a um grupo de conselheiros do São Paulo em uma ação movida contra o clube em 2004, em que pediam o cancelamento de todos os atos institucionais realizados desde aquele ano. No entanto, a decisão da Justiça não deve alterar em nada o cenário político no Morumbi, tampouco revogar a reforma estatutária aprovada em dezembro.

Na ação, os conselheiros ressaltavam que mudanças no estatuto só deveriam ser realizadas por meio da participação dos associados. Há mais de um ano, o Tricolor havia recorrido com um recurso alegando "que é desnecessária a submissão das propostas de aprovação do estatuto à Assembleia Geral, pois, segundo o artigo 217, inciso I, da Constituição Federal, as associações desportivas são autônomas, podendo definir livremente o processo de administração que considerem mais adequado", como diz nota do STF.

No entanto, em 2016, o clube deu início a um processo de reforma estatutária, aprovada primeiramente no Conselho Deliberativo e depois ratificada em assembleia geral realizada em dezembro. Nela, a maioria dos associados (84%) votou "sim" para as alterações feitas no estatuto desde 2003.

São Paulo perdeu recurso no STF, mas não deve ter reforma do estatuto revogada (Foto: Fernando Dantas/ Gazeta Press)
São Paulo perdeu recurso no STF, mas não deve ter reforma do estatuto revogada (Foto: Fernando Dantas/ Gazeta Press)


Posto isso, o São Paulo se vê resguardado juridicamente pela aprovação da reforma estatutária com a consulta de seus associados e não vê efeito prático com a derrota no recurso julgado nesta terça-feira no STF.

"O São Paulo Futebol Clube tem a convicção de que cumpriu a decisão de 2004, proferida em primeira instância, tendo em vista que promoveu uma Reforma Estatuária por meio de Assembleia Geral de Sócios, em estrito cumprimento ao Código Civil. O Novo Estatuto, aprovado por mais de 84% dos associados, em 3 de dezembro de 2016, está em vigência desde 1º de janeiro de 2017 e produzindo seus regulares efeitos. Desta forma, o clube tem a segurança que cumpre definitivamente a decisão da Justiça após a aprovação do Novo Estatuto", explicou o clube, em nota oficial divulgada pelo departamento de comunicação.

Entre as emendas que mais chamam a atenção no reformado estatuto estão o fim da reeleição, o mandato presidencial de três anos, a crianção de espaço para profissionais remuneradas na diretoria de futebol, o fim dos cargos de vice-presidentes de esportes amadores e eleições sempre em dezembro, não mais em abril, como será a próxima, de 2017.

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