"É difícil falar sobre isso, porque eu penso sempre coletivamente, mas não posso deixar de ressaltar esse ano. O melhor ano da minha carreira, de muitas alegrias, principalmente na conquista da Olimpíada, convocação para a Seleção (principal). Pessoalmente, estou muito satisfeito com minhas atuações. Mas, coletivamente, frustrado. Não foi como eu gostaria, infelizmente. Depois da Libertadores não conseguimos dar uma sequência no Brasileiro", comentou o defensor.
Segundo uma pessoa próxima a Rodrigo Caio, o zagueiro admitiu que se sentia abaixo dos demais atletas durante seus primeiros treinos na Seleção Brasileira. Mas, depois da Olimpíada, com a confiança em alta, o são-paulino já se sente no mesmo patamar de Thiago Silva, Marquinhos, Miranda e companhia para brigar pelo seu espaço, principalmente diante da confiança que Tite tem demonstrado em seu trabalho.
"Foi muito bacana. Uma experiência única. Procurei aprender, tirar bastante dúvidas. É um excelente treinador. Eu não tinha ainda convivido com ele ainda, mas, pelo pouco tempo que tivemos o admiro ainda mais. Estamos vendo o que ele vem fazendo pela Seleção e ficamos felizes. Esperamos que ele tenha ainda mais sucesso e que a gente possa vencer mais jogos, e que eu possa estar sempre nesse elenco", afirmou o jogador.
Depois de ser rotulado como “jogador de condomínio” em fevereiro desse ano por Rodrigo Gaspar, assessor do presidente Leco, Rodrigo Caio fecha a temporada valorizado, com grandes clubes da Europa dispostos em desembolsar grandes quantias para contar com seu futebol. Toda esse moral, a boa fase em campo e o fato de ser cria das categorias de base fizeram com que Rodrigo Caio tivesse peito para falar tudo o que pensa e até para contrariar alguns dirigentes e técnicos sobre o discurso de que o São Paulo sofreu em 2016 por conta da saída de algumas referência no meio do ano.
"Vejo muitos falaram sobre isso, mas não pode colocar tudo nisso. É uma das possibilidades. Depois que saímos da Libertadores, que nos iludimos com a campanha que a gente fez, fomos entre trancos e barrancos. Foi uma ilusão, porque depois disso ficamos em uma situação muito difícil, não tivemos retomada e sofremos até algumas rodadas atrás", apontou Rodrigo, o primeiro também a ter coragem em admitir que a competição continental acabou mascarando as fraquezas da equipe.