Organizada do Tricolor assume culpa por briga e quer arcar com prejuízos - Gazeta Esportiva
Organizada do Tricolor assume culpa por briga e quer arcar com prejuízos

Organizada do Tricolor assume culpa por briga e quer arcar com prejuízos

Gazeta Esportiva

Por Redação

28/01/2016 às 14:01 • Atualizado: 28/01/2016 às 15:23

São Paulo, SP

Torcedor foi retirado das arquibancadas passando mal em meio à confusão (Foto: Marcello Zambrana/AGIF/Gazeta Press)
Torcedores do São Paulo passaram mal em meio à confusão (Foto: Marcello Zambrana/AGIF/Gazeta Press)


A Torcida Independente, principal organizada ligada ao São Paulo, assumiu nesta quinta-feira a culpa pela briga ocorrida durante uma partida da Copa São Paulo de Juniores e disse que arcará com os prejuízos contabilizados pela Prefeitura de Mogi das Cruzes. Na quarta-feira, o poder municipal havia cobrado do Tricolor e da Federação Paulista de Futebol (FPF) um montante de R$ 68.896,67 referente aos danos causados ao estádio Nogueirão.

O confronto entre torcedores organizados e policiais ocorreu no intervalo do jogo entre São Paulo e Rondonópolis, válido pela quarta fase da Copinha. "A Torcida Independente tem total responsabilidade do incidente ocorrido em Mogi das Cruzes. Amanhã entraremos em contato com a Prefeitura da cidade de Mogi. Parcelaremos essa dívida. Isentamos o São Paulo FC de qualquer culpa ou punição", disse a diretoria da facção, em comunicado postado no Facebook.

Segundo a Prefeitura, a quantia exigida servirá para reparar a infraestrutura do estádio e cobrir os danos causados às viaturas que estavam no local. Na ocasião, torcedores organizados do São Paulo tentaram forçar a entrada no estádio após 3.000 pessoas ficarem para fora. O Nogueirão tinha capacidade de 14.000 pessoas e teve a lotação máxima alcançada rapidamente. O tumulto provocou a reação dos policiais, que usaram spray de pimenta, bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha para afastar os torcedores.

Houve confronto dentro e fora do estádio. Paus, barras de ferro e lixeiras foram arremessados contra os policiais. Os médicos que faziam plantão no estádio registraram ocorrências envolvendo pessoas que inalaram os gases tóxicos e passaram mal após a confusão, incluindo crianças e idosos.

O presidente do Tricolor, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, lamentou os incidentes no Nogueirão e criticou a FPF por ter escolhido o estádio para sediar o duelo do time paulistano. Até a partida com o Rondonópolis, o São Paulo vinha jogando na Arena Barueri e atraindo bom público para seus compromissos na Copinha. Três dias após a briga, Leco concedeu entrevista ao jornal Folha de S. Paulo e admitiu que o clube financia as organizadas com R$ 150 mil para os desfiles de Carnaval e ingressos de graça para jogos dentro e fora de casa.

A repercussão das declarações levou o Ministério Público a intimar Leco a depor sobre a relação do São Paulo com as organizadas. A intenção do MP é fazer o clube assinar um compromisso para que não mais financie as torcidas, algo semelhante ao que foi feito com o Corinthians após a invasão de torcedores no CT do clube em 2014.

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