Newton do Chapéu aceita "goleada", mas prevê novas candidaturas - Gazeta Esportiva
Newton do Chapéu aceita "goleada", mas prevê novas candidaturas

Newton do Chapéu aceita "goleada", mas prevê novas candidaturas

Gazeta Esportiva

Por Edoardo Ghirotto e Tomás Rosolino

28/10/2015 às 08:35

São Paulo, SP

Newton do Chapéu não conseguiu derrotar Leco no pleito realizado nesta terça-feira, no Morumbi (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
Newton do Chapéu não conseguiu derrotar Leco no pleito realizado nesta terça-feira, no Morumbi (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)


O cargo de presidente do São Paulo não parecia ter outro destino fora as mãos de Carlos Augusto de Barros e Silva desde a renúncia de Carlos Miguel Aidar, protocolada em 13 de outubro. No espaço de 14 dias que preencheu a saída de um e a entrada de outro, confirmada na noite desta terça, o único que tentou mudar isso foi Newton Ferreira, o Newton do Chapéu. Ciente do insucesso que foi sua candidatura (angariou apenas 36 dos 193 votos computados), porém, ele preferiu ver o lado positivo no pleito são-paulino.

"Levamos uma goleada de 10 a 2, né?", disse Newton, sorridente apesar da derrota acachapante na urna. "Estou ainda aprendendo como se faz política no clube. Me candidatei porque acreditei que era possível a vitória, mas acabou não dando certo. Não tem problema. Ainda vamos continuar tentando modificar a política no São Paulo por muito tempo, independentemente do que aconteceu agora", comentou.

Cumprimentado até por familiares do ex-presidente Juvenal Juvêncio, homem que lhe deu o apelido de "Newton do Chapéu", ele foi firme ao fazer um balanço da candidatura. Mesmo assegurando não ter nada a ver com a liminar que impedia a realização das eleições até momentos antes da votação, ele assegurou que poderia ter recebido mais votos caso tivesse mais tempo de preparação.

"Quando você faz uma convenção com 70 ou 80 conselheiros, partimos do princípio que esses votos serão do candidato escolhido. Só que isso não foi possível. Nós conseguimos confirmar a candidatura na quinta-feira, encerramos o programa de trabalho no domingo. Ficamos apenas com a segunda como um dia para tentar conversar com os conselheiros e apresentar a nossa proposta. Convenhamos, não é um grande tempo hábil para realizar-se uma campanha", reclamou.

A polêmica sobre a data escolhida, que culminou na derrubada da liminar cerca de 50 minutos antes do início programado pelas eleições, foi também contestada por Leco. "Não vi benefício algum na ação desses senhores", reclamou o agora presidente. "Nós só marcamos a eleição duas semanas após a renúncia em prol do São Paulo. O clube não pode ficar sem diretoria como estava", justificou.

Mesmo com o revés, Newton promete se manter ativo na política são-paulina, apesar de assegurar uma fiscalização "totalmente imparcial" sobre o mandato de Leco. "Todos aqui queremos o bem do São Paulo. Faremos uma oposição que vai estar atentar às ações do presidente, mas sempre com o intuito de colaborar", encerrou.

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