Leco reclama de jogo em Mogi após briga entre torcida e policiais - Gazeta Esportiva
Leco reclama de jogo em Mogi após briga entre torcida e policiais

Leco reclama de jogo em Mogi após briga entre torcida e policiais

Gazeta Esportiva

Por Edoardo Ghirotto e Tomás Rosolino

18/01/2016 às 15:02

São Paulo, SP

Carlos Augusto de Barros e Silva não quis entrar em polêmica, mas viu como um erro tirar o jogo de Barueri (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
Carlos Augusto de Barros e Silva não quis entrar em polêmica, mas viu como um erro tirar o jogo de Barueri (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)


Pouco antes de realizar a apresentação oficial de Diego Lugano como reforço do São Paulo para 2016, o presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, resolveu comentar a briga entre torcedores e policiais no duelo contra o Rondonópolis, pela Copa São Paulo de Futebol Júnior. Para ele, a Federação Paulista de Futebol errou ao tirar a partida de Barueri e levá-la ao estádio Nogueirão, em Mogi das Cruzes, com capacidade para apenas dez mil pessoas.

"Mogi das Cruzes não é um local que recebe grandes eventos. Soma-se a isso a gratuidade e o fato de que não estamos no momento de jogos que de certa forma canalizem de uma forma mais distribuída as atenções. Tudo isso fez o são-paulino ir em massa para lá, mas isso já era esperado. O nosso torcedor tem comparecido em mais de 10, 15 mil pessoas quando os jogos são realizados em Barueri", disse ele, confirmando o duelo contra o Flamengo no estádio que recebeu o time na primeira fase.

Sem apontar o real culpado na sua avaliação, Leco versou sobre as causas que levaram ao acontecido. Na ocasião, torcedores não se conformaram ao serem impedidos de entrar na arena, devido à lotação máxima e a Polícia Militar, chamada para reforçar o contingente, respondeu com diversas bombas de efeito moral e gás pimenta, aterrorizando os moradores da região. O duelo, porém, foi realizado sem grandes percalços e deu aos comandados de André Jardine uma vaga nas quartas de final, após vencerem por 4 a 0.

"O evento ocorrido nos obriga a manifestar o desagrado, insatisfação e repúdio às ocorrências agressivas e de violência que lá se realizaram. Clube e torcida não estão satisfeitos com as coisas que aconteceram lá. Fazem parte de fenômeno da modernidade, do stress e das tensões sociais. Nessa célula especifica, acabaram resultando em problemas de violência. Mas creio que a própria torcida não aprova o que aquela minoria fez", analisou.

O mandatário, que revelou estar assistindo ao duelo em sua casa, disse que lhe foi feito um pedido para retirar a equipe da competição. "Recebi de um associado um e-mail desesperado sugerindo que tirasse o São Paulo da Copinha. Se o fizesse, por 30 eu estaria punindo toda uma coletividade, um trabalho que vem sendo feito com toda qualidade", justificou-se o dirigente.

Citada indiretamente por Leco, a FPF afirmou que o estádio é recém-inaugurado e tinha totais condições de receber a partida, sem nenhum risco, por meio de uma nota oficial. Agora, a organizadora da competição vai analisar, juntamente com outros órgãos, qual punição aplicar aos envolvidos.

Conteúdo Patrocinado