Gustavo nega comissão por venda de atletas e negocia remuneração - Gazeta Esportiva
Gustavo nega comissão por venda de atletas e negocia remuneração

Gustavo nega comissão por venda de atletas e negocia remuneração

Gazeta Esportiva

Por Tomás Rosolino

10/11/2015 às 15:57 • Atualizado: 10/11/2015 às 19:47

São Paulo, SP

O diretor executivo Gustavo Vieira de Oliveira negou receber uma porcentagem da venda de atletas (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
O diretor executivo Gustavo Vieira de Oliveira negou receber uma porcentagem da venda de atletas (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)


Após o presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, reconhecer em entrevista à Folha de S. Paulo que uma das propostas de remuneração ao executivo Gustavo Vieira de Oliveira incluía comissão pela venda de atletas, o dirigente veio a público para tentar explicar a situação. De acordo com ele, não há nada de concreto em relação à forma como a produtividade será incluída em seu contrato.

"Nesse meu retorno ao clube eu fui demandado a pensar na minha forma de remuneração, algo que contemplasse também um elemento variável sobre o que eu produzisse. E, se eu não produzisse, esse elemento seria zero", afirmou Gustavo, que, segundo o contrato comentado por Leco, receberia 3% do lucro em negociações de atletas. Ou seja, se contratasse um nome por R$ 1 milhão e vendesse por R$ 10 milhões, levaria 3% dos R$ 9 mi de lucro (cerca de R$ 270 mil).

A gestão de Carlos Miguel Aidar foi encerrada no mês passado marcada por negociações suspeitas e acusações de danos financeiros ao clube. Por isso, ao assumir o cargo de presidente do São Paulo, Leco carregou consigo a responsabilidade de fazer um mandato até abril de 2017 longe de tais polêmicas. A comissão ao dirigente, no entanto, abriu brecha para novas especulações.

"Não é algo feito no passado, por isso precisamos ter calma. Essa eventual variável, tem que respeitar as prioridades do clube, seja títulos ou outros objetivos estratégicos. Não haverá nenhuma implicação direta sobre o meu trabalho", avaliou o filho do ex-corintiano Sócrates, sem querer determinar quando isso será, de fato, resolvido entre a cúpula.

"Não é uma volta atrás (no que Leco disse). Alguns formatos foram pensados, conceitos debatidos e é um processo em andamento. Para mim, o importante é ter o elemento resultado esportivo. Ou seja, que resulte em mérito esportivo para o clube, o grande motivo do clube existir. Quero que o São Paulo conquiste títulos", defendeu-se.

Por fim, questionado se estuda adotar a "produtividade" nos contratos também com os atletas, ele afirmou já fazer isso há algum tempo. "De forma discreta, talvez até silente, já usamos isso há um bom tempo. Alguns são os atletas em que há cláusulas que impactam em sua remuneração conforme a hipótese que desempenhem. É um conceito de boa gestão", concluiu, de forma bastante rebuscada, o executivo tricolor.

Conteúdo Patrocinado