Com Casares eleito, permanência de Raí passa a ser grande impasse no São Paulo
Por Marcelo Baseggio
13/12/2020 às 05:00
São Paulo, SP
Em seu primeiro discurso como presidente eleito, Julio Casares antecipou que haverá contratações de diretores executivos do mercado para assumir cargos nas categorias de base e no futebol profissional, levantando dúvida se Raí teria espaço nesse organograma.
O técnico Fernando Diniz em entrevistas coletivas recentes saiu em defesa não só de Raí, mas também do gerente de futebol Alexandre Pássaro, fazendo questão de exaltar a importância de ambos no processo de transformação do São Paulo, que hoje briga pelos títulos do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil.
Desde que assumiu a diretoria de futebol, em 2017, Raí foi bastante criticado por contratações caras que acabaram não trazendo o retorno esportivo esperado e pelas diversas eliminações vexatórias dos últimos anos. Com a grave crise financeira que o São Paulo enfrenta, o dirigente foi forçado a resolver os problemas do elenco com os garotos revelados na base, o que passou a ser um marco da gestão de uns anos para cá.
Atualmente, quatro dos dez atletas de linha titulares foram revelados em Cotia: Igor Gomes, Gabriel Sara, Brenner e Luan. Até poucas semanas atrás, Diego Costa, outro jogador criado na base, também vinha figurando entre os 11 iniciais de Fernando Diniz. E, apesar de toda a juventude, o São Paulo vem conseguindo ser competitivo.
Nesta segunda-feira, o governo de transição começa a atuar passada as eleições presidenciais. O presidente eleito pode indicar até cinco pessoas para fazer parte desse comitê, o mesmo vale para o atual presidente, o Leco. Julio Casares assume a presidência no dia 1º de janeiro de 2021 e uma das suas primeiras decisões no cargo será sobre o futuro de um dos maiores ídolos da história do clube, que depois de tanto errar, enfim, pode ter seu trabalho coroado com um ou até mesmo dois títulos.