Cercado de expectativa, Wesley não tira pecha de coadjuvante - Gazeta Esportiva
Cercado de expectativa, Wesley não tira pecha de coadjuvante

Cercado de expectativa, Wesley não tira pecha de coadjuvante

Gazeta Esportiva

Por Tomás Rosolino

18/01/2016 às 07:51 • Atualizado: 18/01/2016 às 09:32

São Paulo, SP

Meio-campista amarga reserva e não tem sido testado por Edgardo Bauza entre os titulares (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
Meio-campista amarga reserva e não tem sido testado por Edgardo Bauza entre os titulares (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)


O volante Wesley foi a principal contratação do São Paulo em 2015, com valores milionários gastos em luva, um salário na casa do limite máximo do clube e a provocação por ter sido um "chapéu" da diretoria no Palmeiras. Até agora, porém, não conseguiu buscar o seu espaço e, mesmo sob o comando de seu quinto técnico no Tricolor, não consegue deixar de ser apenas um coadjuvante.

O papel secundário fica cada vez mais evidente com os treinos comandados por Edgardo Bauza. Mesmo assegurando que não pode definir 11 titulares em tão pouco tempo, o treinador já formulou uma equipe-base com Denis; Bruno, Rodrigo Caio, Breno e Carlinhos; Hudson, Thiago Mendes, Michel Bastos, Ganso e Centurión; Alan Kardec.

Além de treinar esse time em algumas ocasiões, Bauza escolheu-os para começar o jogo-treino ante o Juventus, na última quinta. Wesley, que tem poucos concorrentes em sua posição, atuou apenas contra o Nacional, pelos reservas. O treinador, mostrando ter outras prioridades na cabeça, ainda fez diversos testes durante o duelo, colocando Lucão, Matheus Reis, Mena, Daniel e Rogério. Wesley só assistiu do banco, algo que praticamente marcou sua passagem pelo clube até agora.

Primeiramente, o meio-campista, autor de um gol em 34 jogos na equipe, não conseguiu convencer Muricy Ramalho de que poderia ser útil na primeira parte do ano. Ao analisar essa época, culpou a falta de pré-temporada, causada pelo próprio Palmeiras. Em represália à sua assinatura com o São Paulo, o vizinho de CT do Tricolor não o liberou antes do final de seu contrato, no dia 28 de fevereiro de 2015.

Depois, já em condições físicas ideais, ganhou uma chance com Osorio, mas lesionou as costas e acabou perdendo a oportunidade de engrenar uma sequência. À época, o colombiano promoveu a entrada de Breno como volante e, conquistado pelo futebol do zagueiro, criou mais uma barreira para o camisa 19.

Doriva, que chegou dizendo ser admirador do futebol do volante, foi outro que preferiu improvisar a dar lugar ao jogador. Rodrigo Caio foi sacado da zaga na hora de decidir contra o Santos, por exemplo, para ocupar o meio-campo. Wesley, para variar ficou entre os reservas.

Por fim, após atuação desastrosa no 6 a 1 contra o Corinthians, foi a vez do interino Milton Cruz sacá-lo para apostar na atual dupla de volantes, algo que, aparentemente, deve se manter neste início de ano. Resta ao próprio Wesley, no entanto, tentar comprovar as palavras que disse ao final da temporada passada.

"Eu, sinceramente, sei o que posso corresponder dentro da equipe, não só jogando, todo mundo quer jogar. Frente a maioria do elenco eu sou novo aqui, mas vou sempre buscar a titularidade. Agora é pensar nas oportunidades que podem vir e ano que vem fazer uma pré-temporada tranquila", projetou.

Conteúdo Patrocinado