Sem dinheiro para contratações, o São Paulo irá recorrer a Cotia quando houver a necessidade de reforçar o elenco principal. Isso já vinha acontecendo no ano passado, na gestão de Leco, mas se tornará uma prática quase que protocolar por causa da necessidade de destinar a maior parte das receitas para honrar compromissos com credores.
“O futebol profissional passa a ser base mais profissional. O futebol principal é o futebol do São Paulo Futebol Clube, Cotia é igual à Barra Funda. O diretor executivo poderá vir antes do fim do Brasileirão, sem muita pressa e com responsabilidade financeira. A responsabilidade financeira vai permear nossas ações. A dívida está em torno de R$ 576 milhões. É uma dívida importante, mas a marca do São Paulo também é importante, teremos um Conselho de Administração atuante, que vem do mundo empresarial e que vai ajudar o São Paulo a prospectar negócios, captar parceiros”, afirmou o novo presidente do São Paulo, Julio Casares.
Embora ainda não haja a definição do novo diretor executivo de futebol que ocupará a cadeira que hoje é de Raí, a alta cúpula tricolor contratará um profissional com um perfil que se enquadre nessa filosofia. Muricy Ramalho, que exercerá a função de coordenador de futebol, também será importante para entender as necessidades do elenco e saber se os jovens revelados pelas categorias de base têm condições de supri-las.
“Não só tomamos conhecimento da questão financeira, mas também de detalhes do futebol, já vislumbrando um futuro, em que temos a ciência terrível da questão financeira. É por isso que acabamos de anunciar as câmaras setoriais, na intenção de adequar os nossos compromissos financeiros. O futebol está inserido nessa nova realidade financeira do São Paulo. A base será fundamental. Quando um técnico manifestar uma carência no elenco, temos que recorrer à base. Se isso não for possível, aí sim iremos ao mercado”, concluiu Casares.