Os associados adimplentes e maiores de 18 anos do Santos aprovaram, por 602 votos a 13, a adequação do Estatuto Social ao Profut (Programa de Modernização da Gestão de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro).
A votação ocorreu na quadra de futsal da Vila Belmiro, em 10 urnas, com voto manual. A presença baixa dos sócios decepcionou o Conselho Deliberativo do Peixe.
A principal mudança no estatuto é a expulsão de dirigentes no caso de gestão temerária. Um déficit acima de 20% seria suficiente para a saída do presidente José Carlos Peres, por exemplo, e dos próximos mandatários. O prazo para adequação a essa exigência do Profut terminaria neste mês de outubro e o Alvinegro perderia os benefícios.
A maior contrapartida do Profut é o parcelamento de dívidas. O programa permite alongar a dívida tributária em 20 anos e as de Fundo de Garantia em 15 anos, além de reduzir as multas em 70%, os juros em 40% e 100% dos encargos legais.
Para isso, porém, os clubes precisam respeitar algumas regras, a exemplo de salário em dia, regularizar ações trabalhistas e apenas uma reeleição. Outros exigências são prejuízo anual em no máximo 5% da receita do ano anterior, gastos do futebol profissional em 80% da receita e venda de ingressos populares.
O Santos, por meio do seu site oficial, divulgou o Estatuto Social atual e como ficará o documento no caso das alterações. A discussão de novas emendas será retomada a partir da próxima semana. As alterações foram interrompidas para priorizar o Profut.
