Santos perde força para renovações e deve "resistir menos" no mercado - Gazeta Esportiva
Santos perde força para renovações e deve "resistir menos" no mercado

Santos perde força para renovações e deve "resistir menos" no mercado

Gazeta Esportiva

Por Lucas Musetti Perazolli

08/05/2020 às 06:00

Santos, SP

Kaio Jorge é um dos maiores ativos do Santos no mercado (Foto: Ivan Storti/Santos)


A situação financeira do Santos é considerada instável há anos. Depois do alto investimento em 2019, o Peixe iniciou essa temporada com contenção de gastos. E a crise em meio ao novo coronavírus prejudica o clube em diversos aspectos.

Um dos fatores é a dificuldade para renovar contratos. Além da limitação para aumentar salários, o Alvinegro não tem dinheiro disponível para pagar as luvas, uma espécie de prêmio comum nas assinaturas de novos vínculos.

O caso mais urgente é o de Yuri Alberto, com contrato até 31 de julho. Ele tem 19 anos, brigava pela titularidade no ataque antes da pausa e pode sair de graça. Ele é monitorado pelo futebol europeu desde a adolescência.

Evandro tem vínculo até junho e Lucas Veríssimo possui acordo maior, de mais dois anos, mas teve reajuste salarial prometido pela diretoria e ainda não cumprido.

O presidente José Carlos Peres mantém o discurso otimista pelas renovações, mas prevê mudança no padrão brasileiro.

"Acho que vai mudar bastante. Na Europa vai continuar mais valorizado ainda, na Alemanha já está voltando o futebol. No Brasil vamos mais para a realidade, salário alto não dá. Vai ter acomodação de valores salariais, sim. Será etapa de recuperação. Vamos começar de novo... A própria TV vai querer diminuir, renegociar...", disse Peres, ao "Na Geral", da Rádio Kiss.

Enquanto isso, o Santos busca negociar jogadores para aliviar o caixa, poder fazer as renovações e, principalmente, manter o salário em dia. O problema é que a recessão limita os valores no mercado europeu. A expectativa é de melhora até a próxima janela internacional de transferências, a partir de junho.

Um dos exemplos é o de Kaio Jorge. Um intermediário da Juventus sinalizou com 20 milhões de euros (R$ 126 mi), 1/5 da multa rescisória do atacante, de 100 milhões de euros (R$ 632 mi). Não chegou qualquer proposta até agora.

"Clubes precisarão de dinheiro, Europa virá forte. Eu temo, sim. Vai ter saída de jogadores, não falo só do Santos. Se surgir interesse, vai ser difícil segurar. Realidade vai ser bem diferente...", afirmou o presidente.

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