O presidente do Santos, Andres Rueda, explicou em reunião virtual do Conselho Deliberativo na noite desta segunda-feira sobre a possível nova punição na Fifa após ação do Barcelona (ESP).
O encontro dos conselheiros não foi liberado para a imprensa em função da covid-19, mas a Gazeta Esportiva apurou que Rueda falou sobre tentar resolver o problema de forma “diplomática”.
Na negociação com o Barcelona por Neymar, o Peixe cedeu a prioridade de Gabigol e tinha que notificar o clube espanhol em caso de venda. O que não ocorreu em tempo hábil na transação com a Internazionale (ITA) em 2016. A multa é de R$ 18 milhões pelo não cumprimento do contrato.
“O assunto Barcelona e Gabigol assusta. São R$ 18 milhões que vão entrar. Muita gente comenta do amistoso que compensa essa conta. Não vou prometer nada nem falar do passado, só da realidade. Santos perdeu prazo de judicializar o amistoso. Teoricamente, o amistoso caducou. O que tentamos fazer? Barcelona vive crise financeira grande. Deve 1 bilhão de euros. Vai ter eleição em 7 de março. Estamos interagindo com os possíveis candidatos por acordo para não arrumar crise no Santos. Eles têm CEO lá, e o CEO quer entrar na Fifa contra o Santos. Politicamente, temos tentado boa vizinhança com candidatos do Barcelona. O que vai acontecer? Ponto de interrogação”, disse Rueda, durante a reunião, de acordo com informações obtidas pela reportagem.
Andres Rueda se referiu ao amistoso não realizado com o Barcelona. A venda de Neymar incluiu um acordo para uma partida na Espanha (vencida por 8 a 0) e outra no Brasil. A multa era de 4,5 milhões de euros (R$ 29 mi, na cotação atual) e o Santos perdeu o prazo para cobrar os catalães na Justiça.
O Santos está proibido de contratar por ainda não ter feito acordo com o Huachipato (CHI) pela dívida com Yeferson Soteldo. E agora precisa se acertar com o Barcelona.