Manoel Maria diz que Coutinho era uma "arte" e que sentirá falta até do mau humor - Gazeta Esportiva
Manoel Maria diz que Coutinho era uma "arte" e que sentirá falta até do mau humor

Manoel Maria diz que Coutinho era uma "arte" e que sentirá falta até do mau humor

Gazeta Esportiva

Por Lucas Musetti Perazolli

12/03/2019 às 10:52 • Atualizado: 12/03/2019 às 15:57

Santos, SP

Manoel Maria vai ao velório de Coutinho (Lucas Musetti)


Companheiro de Coutinho entre 1969 e 1970 no Santos, Manoel Maria compareceu ao velório na manhã desta terça-feira, na Vila Belmiro, e exaltou o ex-atacante.

"Estava doente, mas morte sempre é morte. Parece algum familiar. Muita tristeza, lembranças boas e que vai ficar isso para gente. Amanhã sou eu, depois outro e assim vai se acabando. A vida é assim. Estou muito triste, não conseguia dormir e imagino o Dorval. Eram muito ligados, minha preocupação foi essa, vi com o Edu se estavam bem. O maior legado é a alegria e até o seu mau humor, até isso é lembrado com carinho. Era assim mesmo e conosco também, não só com vocês", disse Mané.




"Foi o maior centroavante que tivemos. Futebol perde muito. Amanhã serei eu, depois Clodoaldo, Pelé, as coisas se esvaziam. A vida é assim. Coutinho é que nem o Pelé, uma arte. Um toquinho só, sem chutão, só deslocava. Era acima da média e é só ver a média. Sempre com problema de peso e assim mesmo fez 370 gols e tiraram dois. Agora falam em 368", completou.

Manoel Maria também levantou a bandeira sobre Coutinho ter sido melhor que Pelé dentro da área.



"Era um cara legre, de tiradas rápidas. Não podíamos vacilar. Era ranzinza, mas uma alma boa. Muito rápido e dentro da área foi o mestre, dizem que foi superior a Pelé dentro da área. Deixa um legado de grandes vitórias. O mais novo a estrear em uma equipe profissional. Um gênio", concluiu.

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Trajetória


Coutinho morreu aos 75 anos no início da noite desta segunda-feira, em sua residência, em Santos, por causa de um infarto. Em janeiro, ele chegou a ser internado na UTI depois de pneumonia.


Antônio Wilson Vieira Honório, mais conhecido como Coutinho, é o terceiro maior artilheiro da história do Peixe. Atuou entre 58 a 67 no Alvinegro, com 368 gols em 457 partidas. Ele ainda defendeu Vitória, Bangu e Atlas-MEX e se aposentou em 1973 no Saad.


Coutinho conquistou seis títulos paulistas, cinco brasileiros, duas Libertadores e Mundiais de Clubes. E foi campeão mundial pela seleção brasileira em 1962.



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