Em alta no Monaco (FRA) e cotado para clubes ainda maiores da Europa, Caio Henrique tem muito a agradecer a Fernando Diniz, novo técnico do Santos.
Em 2019, pelo Fluminense, Diniz recorreu a Caio para suprir desfalques na lateral esquerda. O meia foi improvisado diante do Antofagasta (CHI), pela Sul-Americana. E ali ganhou uma nova posição.
Caio Henrique aproveitou a experiência como ala em treinamentos do Atlético de Madrid e se firmou. Foi destaque e hoje se consolida como um dos principais laterais canhotos do Brasil.
“Lembro que na véspera de um jogo de Sul-Americana contra o Antofogasta no Maracanã nossos dois laterais estavam machucados e não tinha ninguém para jogar ali. Ele (Fernando Diniz) me perguntou se eu me sentia à vontade e eu disse que sim, pois eu já havia treinado muitas vezes no Atlético de Madrid nessa posição. Diniz me disse que eu jogaria na lateral nesse jogo e me pediu para me divertir. Nesse jogo fui eleito o melhor em campo e desde aí nunca mais saí da lateral”, disse Caio, em entrevista à Gazeta Esportiva.
Formado nas categorias de base do Santos, Caio Henrique está entusiasmado com a chegada de Fernando Diniz. Ele acredita que esse pode ser o momento do salto na carreira do treinador de 47 anos.
“O que falta de fato para ele se consolidar de vez é um título, porém todos seus sucessores tiveram sucesso e isso mostra que ele deixa muitas coisas boas e os treinadores que chegam fazem apenas alguns ajustes. O Diniz até hoje é um cara completamente diferente dos outros que trabalhei no aspecto humano. Tive alguns bons, mas não como ele. O Diniz antes de tudo se importa com o lado humano do jogador, tenta resgatar a confiança e extrair o máximo de cada um. E foi isso o que aconteceu comigo, acreditou em mim e resgatou em mim a confiança e vontade de jogar futebol. Foi muito importante para mim. Foi um cara que resgatou minha confiança, me acolheu como um filho. Muitas vezes me dizia para eu não duvidar do meu talento e quando um treinador faz isso é uma tendência que seu rendimento melhore”, afirmou.
“O Santos sempre foi um clube que aposta na molecada, está no DNA do clube. O Diniz tem esse perfil. Quando estávamos no Fluminense, ele promoveu vários jogadores da base que naquele ano nos ajudaram muito e alguns acabaram se firmando no profissional graças a ele. O Santos foi minha casa por oito anos anos, sou grato pela formação que me deram e valores que me ensinaram. E até por isso torcerei muito para o Diniz e para o Santos, assim como torci no São Paulo. Estou muito contente por ele ter acertado com o Santos, para mim é um treinador que agrega muito ao futebol brasileiro e vê-lo dirigindo uma equipe como o Santos é muito bacana”, completou.
Fernando Diniz estreará pelo Santos contra o Boca Juniors (ARG) nesta terça-feira, na Vila Belmiro, pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores da América.