Gazeta Esportiva

Autuori revela que não há definição sobre permanência de Sampaoli no Santos

Destino do treinador é incerto no clube (Foto: Lucas Musetti)

Na manhã desta quarta-feira, Paulo Autuori concedeu entrevista coletiva no CT Rei Pelé e tratou de diversos temas de maneira muito contundente. Além de revelar uma insatisfação com o planejamento santista e projetar muitas dificuldades para 2020, o superintendente de futebol também falou sobre a situação de Jorge Sampaoli.

“Como profissional de futebol, tive contratos e sempre respeitei a confidencialidade. Dentro dessa situação, eu posso dizer o seguinte: não está em causa a multa, não está em causa premiação. É algo que tem desde que o Sampaoli chegou no clube. Estamos tendo conversas com o objetivo de preparar 2020, com a possibilidade de fazer isso com antecipação. Já disse que seria ótimo ter um processo de continuidade. O fator novo é que o Sampaoli, hoje, tem em mente claro o que será 2020 para o clube. Converso com ele todos os dias e fiz questão de passar isso para ele. Por respeito a ele e a qualquer treinador, fiz questão de mostrar a realidade do Santos para 2020. Esse é o fator novo. Essa situação de multa é papo antigo. Cheguei em julho e escuto que ele não vai ficar no Santos desde o início do ano. Não tem novidade nenhuma. O que existe é uma relação franca e honesta”, disse.

Autuori elogiou a relação que existe com Samapoli dentro de campo, mas citou até mesmo o 7 a 1 para voltar a criticar a política não só do Santos, mas do futebol brasileiro como um todo.

“Ele vai ter oportunidade de se expressar. Mas eu garanto que nossas conversas não têm nada definido. As possibilidades existem desde que o ano começou, quando dizem que ele não ficaria no Santos. O que existe é uma relação excelente dentro do futebol do clube, um ambiente muito legal, mas não é só isso. A política complica todos os clubes enquanto não mudar. Dificilmente os clubes vão conseguir o que devem fazer. O 7 a 1 não esteve só dentro do campo. Temos uma distância absurda em termos de gestão entre clubes brasileiros e europeus”, afirmou.

O superintendente ainda enfatizou que a permanência do treinador depende dele mesmo, e voltou a dizer que não há nada definido entre o argentino e o clube.

“Como você pode forçar alguém a ficar? Nesse momento, te asseguro que as conversas não têm nenhuma definição de “quero ficar” ou “não quero ficar”. Não há definição por parte do clube nem por parte do treinador”, completou.

O Santos entra em campo nesta quinta-feira, às 19h15 (horário de Brasília), na Vila Belmiro, diante do Bahia. O Peixe ocupa a terceira posição na tabela com 52 pontos, 15 a menos que o líder Flamengo.

 

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