Você sabia? Atual supervisor do Palmeiras foi gandula na ‘decisão’ de 1996 - Gazeta Esportiva
Você sabia? Atual supervisor do Palmeiras foi gandula na ‘decisão’ de 1996

Você sabia? Atual supervisor do Palmeiras foi gandula na ‘decisão’ de 1996

Gazeta Esportiva

Por Redação

16/05/2020 às 08:00

São Paulo, SP

Léo Piffer guarda primeiro holerite como funcionário do Palmeiras (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
Léo Piffer ainda guarda primeiro holerite como funcionário do Palmeiras (Foto: Acervo/Gazeta Press)


O supervisor de logística Leonardo Piffer guarda com orgulho seu primeiro holerite como funcionário da Sociedade Esportiva Palmeiras, datado de fevereiro de 1995. Atual integrante do departamento profissional, ele foi gandula no clássico entre Palmeiras e Santos que decidiu o Campeonato Paulista 1996 e será exibido pelo programa Mesa Redonda às 21 horas (de Brasília) deste domingo, na TV Gazeta.

Com 15 anos, acompanhado por um grupo de amigos, Léo resolveu cabular aula para jogar fliperama no shopping West Plaza, vizinho ao Palmeiras. Durante o passeio, ele se perdeu dos colegas e deixou o local preocupado, já que não conhecia bem a região. No caminho de volta, viu na fachada do clube o anúncio de uma vaga de office boy e resolveu concorrer.

Aprovado, o jovem iniciou a trajetória no Palmeiras na segunda-feira seguinte e recebeu R$ 48,94 líquidos em seu primeiro holerite. Após cerca de um ano, passou a trabalhar na secretaria geral e, para incrementar a escassa renda mensal, começou a atuar como gandula nos jogos disputados no Estádio Palestra Itália. Da beirada do gramado, Léo Piffer viu um dos melhores times da história do clube em 1996.

Vice-campeão paulista em 1995, o Palmeiras acertou o retorno de Vanderlei Luxemburgo no final do ano e passou a planejar a temporada seguinte. O meia Djalminha, o atacante Luizão e o lateral esquerdo Júnior, integrados a um elenco que já tinha nomes como Cléber, Cafu e Rivaldo, fizeram história na edição de 1996 do Estadual.



Depois de faturar o primeiro turno com facilidade e muitas goleadas, o Palmeiras evitaria o quadrangular final se vencesse também o segundo. Para garantir o título de maneira antecipada na penúltima rodada, bastava empatar com o Santos no Estádio Palestra Itália. Há 20 anos, com o jovem Léo Piffer como gandula, o time de Vanderlei Luxemburgo ganhou por 2 a 0.

“Eu estava atrás do gol em que o Luizão marcou o primeiro contra o Santos. No segundo tempo, o Clebão fez o outro. Minha família era corintiana, mas, depois que comecei a trabalhar aqui, virei palmeirense. Viver aquilo como vivi foi muito forte e me fez ser palmeirense. Levei isso para minha filha e, hoje, ela também torce pra caramba”, contou Léo, em 2016.

Como era funcionário do clube, o então gandula acabou convidado para a festa oficial pelo título paulista, realizada na boate Limelight ao som de canções de pagode e axé, intercaladas com o hino do Palmeiras. “Isso tudo é muito marcante para mim. Lembro que os atletas que ainda moravam na Academia de Futebol também foram e participaram das comemorações”, recordou.

A proximidade com os jogadores, novidade no início, passou a ser rotina algum tempo depois, no momento em que ele foi escalado para atuar como recepcionista na Academia de Futebol. Promovido a supervisor do infantil, ascendeu gradualmente e teve a primeira oportunidade com o time profissional na Copa dos Campeões 2000. Hoje, é responsável por administrar a logística da equipe principal.

Léo Piffer (à direita) começou a trabalhar no Palmeiras em 1995 como office boy (Foto: Reprodução)
Léo Piffer (à direita) começou no Palmeiras em 1995 como office boy (Foto: Reprodução/Revista do Palmeiras)

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