Técnico do Palmeiras explica mudanças nas laterais e cita Telê Santana para criticar gramado do Mineirão - Gazeta Esportiva
Técnico do Palmeiras explica mudanças nas laterais e cita Telê Santana para criticar gramado do Mineirão

Técnico do Palmeiras explica mudanças nas laterais e cita Telê Santana para criticar gramado do Mineirão

Gazeta Esportiva

Por Redação

29/05/2023 às 08:00

São Paulo, SP

Abel Ferreira, em entrevista coletiva concedida após o empate contra o Atlético-MG, contou por que realizou alterações nas laterais do Palmeiras para o duelo diante do clube mineiro. O português escalou Vanderlan e Marcos Rocha nas vagas de Piquerez e Mayke, respectivamente.

"Jogamos contra uma equipe que mudou um pouco sua estrutura ofensiva do início do ano para agora. Baixou lateral, faz saída 3-1, com os dois zagueiros e o Mariano por dentro, o Battaglia na frente. Nós estudamos e identificamos muito bem os movimentos. Dentro daquilo que é nossa forma de defender, dentro do possível, conseguimos bloquear o nosso adversário. Depois, com bola, impor o nosso jogo. As trocas que fiz, algumas delas foi por questão de gestão", explicou o treinador do Verdão.

Piquerez, preservado fisicamente, sequer viajou com a delegação alviverde para o Mineirão. Marcos Rocha, por sua vez, voltou ao time titular após processo gradativo de inclusão nos relacionados — o lateral direito se recuperou de uma lesão na coxa.




Também depois do embate, Abel Ferreira citou o lendário técnico Telê Santana para exemplificar suas críticas ao estado do gramado do Mineirão.

"22 de junho de 1992, Telê Santana falou sobre a qualidade dos gramados. Eu, tendo em conta a qualidade dos gramados, queria primeiro dar parabéns aos meus jogadores, que proporcionaram o melhor espetáculo possível. Dar os parabéns também para os jogadores do Atlético-MG, porque tendo em conta as condições, foi um bom espetáculo, emotivo, gols — dois do Palmeiras e um do Atlético-MG. Foi bem disputado, nem sempre bem jogado, mas os jogadores fizeram o esforço de aguentar sem escorregar, dar quatro, cinco toques na bola. Acabou por ser um bom jogo, por termos jogado onde jogamos", disse o técnico.

Veja todas as respostas de Abel Ferreira na entrevista coletiva:


Sobre a confusão com repórteres na zona mista

"Eu queria só, antes de começarmos a coletiva, fazer aqui um esclarecimento — uma vez que, aqui, as pessoas gostam de transformar copos d'água em tempestades. Primeiro: aconteceu, ali no túnel, uma discussão entre o nosso diretor esportivo e um dos assistentes da arbitragem. Tinham ali repórteres, não sei o que eram, filmando tudo. Hoje, infelizmente, todos têm câmeras e celulares filmando tudo o tempo todo. E já peço desculpas se me excedi, são coisas do futebol, coisas que acontecem no futebol. Peço desculpas se me excedi, isso é do futebol, existem coisas que a imprensa não precisa saber. Mas antes que isso vire uma tempestade, porque já sei como funciona aqui, está aqui tudo esclarecido."

Análise da arbitragem

"Achei que o quarto árbitro teve, comigo, um comportamento que particularmente gostei. Quando fui presentear o árbitro com a minha camiseta, presenciei essa discussão toda (citada anteriormente). Em relação ao árbitro, realmente teve paciência comigo, algumas situações que, por exemplo: (uma jogada de) transição com o Artur que era para cartão amarelo e ele não deu. Uma entrada por trás no Veiga, era para amarelo e ele também não deu. A primeira falta que o (Gabriel) Menino deu, ele deu amarelo. A questão do lance do gol, eu não vou falar. Falo só dos últimos 10 minutos em que, na minha opinião, teve um lance em cima do Vanderlan que era para amarelo. Mas fui sempre tendo um diálogo muito cordial e honesto com o quarto árbitro, por isso que queria presenteá-lo com a minha camisa."

Qualidade do gramado do Mineirão

"22 de junho de 1992, Telê Santana falou sobre a qualidade dos gramados. Eu, tendo em conta a qualidade dos gramados, queria primeiro dar parabéns aos meus jogadores, que proporcionaram o melhor espetáculo possível. Dar os parabéns também para os jogadores do Atlético-MG, porque tendo em conta as condições, foi um bom espetáculo, emotivo, gols — dois do Palmeiras e um do Atlético-MG. Foi bem disputado, nem sempre bem jogado, mas os jogadores fizeram o esforço de aguentar sem escorregar, dar quatro, cinco toques na bola. Acabou por ser um bom jogo, por termos jogado onde jogamos."

Sobre a partida

"Foi uma partida equilibrada. Gostei mais uma vez da atitude mental, do caráter da nossa equipe, da qualidade do nosso jogo. Entramos muito bem no jogo. Como disse, fizemos um belíssimo gol com o Rony, que o bandeirinha não estava nem com a bandeirinha ao chão. Fico triste porque as imagens são de trás do gol, já tinha acontecido contra o Tombense. É difícil. Se estou atrás do gol, como vou traçar a linha corretamente? Mas pronto, tenho que aceitar, como sempre. Mas vou focar nas coisas que controlo para procurar fazer o meu trabalho cada vez melhor, juntamente aos meus jogadores. Dar os parabéns pelo esforço, pelo caráter, por vir aqui e jogar para ganhar — mesmo depois de sairmos perdendo, mesmo depois de um gol anulado, mesmo sofrendo um gol no último minuto do primeiro tempo, mesmo em um ambiente espetacular, em que os torcedores deles (Galo) estavam, claro, apoiando. Viemos aqui e fizemos, na minha opinião, um jogo sólido e consistente. No final, tenho que aceitar o empate, mas o Palmeiras fez dois gols."

Análise do Galo e questão física

"Jogamos contra uma equipe que mudou um pouco sua estrutura ofensiva do início do ano para agora. Baixou lateral, faz saída 3-1, com os dois zagueiros e o Mariano por dentro, o Battaglia na frente. Nós estudamos e identificamos muito bem os movimentos. Dentro daquilo que é nossa forma de defender, dentro do possível, conseguimos bloquear o nosso adversário. Depois, com bola, impor o nosso jogo. As trocas que fiz, algumas delas foi por questão de gestão. Já disse a vocês que a quantidade de jogos que temos é difícil para todos: para nós, treinadores, jogadores, árbitros — ninguém questiona isso. Mas eu sei o que eu sinto quando preciso me preparar para um jogo e o quão cansado fico. Para os árbitros, com a quantidade de decisões que precisam tomar durante o jogo, o quão difícil deve ser fazer as viagens. Tenho dúvidas se estão frescos com isso, porque eu não estou. Mas como disse, fizemos uma gestão de alguns jogadores em função de cargas físicas e a quantidade de jogos que tinham. É diferente jogar com três dias de descanso e jogar com dois. Agora vamos jogar com dois dias de descanso, depois também. É completamente diferente, mas é o que temos. Quem não gostar... não há outra forma."

Mais sobre a confusão

"Sabe o que é invadir privacidade? Nós estamos em privacidade. O que eu senti foi que invadiram minha privacidade. Estou aqui falando com ele, e você vem aqui e me filma. Não, não pode fazer isso. No meio de uma confusão. Isso, não pode fazer."

Surpresa pela liderança do Botafogo?

"Vocês conhecem o futebol brasileiro melhor do que eu. Não sei por que vocês falam em 'surpresa', sendo que sabem que a cada ano há um vencedor diferente, equipes que se destacam... para mim, não é surpresa quando está em uma competição onde há clubes como o Atlético-MG, o São Paulo. Há qualidade nos treinadores, nos jogadores, mas infelizmente só um ganha. E o Botafogo tem estado muito bem, imparável neste início de ano. Se chegar ao final com esta classificação, como está, só temos a dar os parabéns."

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