Sem falar de reformulação, Mattos se defende: "Não existe Mittos" - Gazeta Esportiva
Sem falar de reformulação, Mattos se defende: "Não existe Mittos"

Sem falar de reformulação, Mattos se defende: "Não existe Mittos"

Gazeta Esportiva

Por William Correia

01/04/2016 às 08:00 • Atualizado: 01/04/2016 às 18:32

São Paulo, SP

Torcida vem cobrando reformulação, mas dirigente prefere dar confiança ao elenco (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Torcida cobra reformulação, mas dirigente prefere dar confiança ao elenco (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


Alexandre Mattos deixou o Pacaembu praticamente desabafando com o fim da sequência de quatro derrotas do Palmeiras. Ciente da pressão feita por conselheiros para o presidente Paulo Nobre demiti-lo, o diretor de futebol disse que também “chutou o balde” após a goleada para o Água Santa no domingo e avisou que não é super-herói, apesar da fama que ganhou pelas 33 contratações em pouco mais de um ano no clube.

“Não tem Mittos nem coisa nenhuma. Não tem nenhum super-herói. Se viro super-herói, tenho de ir lá bater o pênalti, treinar e tudo. Mas é cada um dentro da sua responsabilidade, e assumo toda a minha Aqui tem o Alexandre, que trabalha com muita raça, muito amor, se dedica bastante. Cheguei com o Palmeiras precisando de uma reformulação e tudo que foi pedido pelo presidente está sendo feito”, afirmou, garantindo que nem pensou em pedir demissão. “Muito pelo contrário. Tenho contrato até o final do ano”, disse, entendendo os protestos.

“O brasileiro individualiza, foca um cidadão e pronto. Mas, peraí: o que esse cidadão faz? O que o Alexandre faz é uma gestão, que engloba muita coisa, e quem está no dia a dia percebe o tanto de evolução que o Palmeiras teve em um ano e três meses. Aí a bola não entra e todos têm de ir embora? Perde quatro jogos e está tudo errado? Não é assim. Sabemos como funciona, precisamos ter convicção. Se mudar toda hora, não chegamos a lugar nenhum”, indicou Mattos.

“Quando vem a pressão, a guerra, aquela loucura toda, a ansiedade dificulta. Eu estava sofrendo muito, e, agora, o que prometemos ao torcedor é, tirando esse peso da cabeça, fazer um grande jogo no domingo. Não estamos satisfeitos, longe disso. Ganhamos um jogo, e o mais importante foi resgatar o emocional. Agora, voltamos a enxergar um norte. É convicção no trabalho e tenho certeza de que, no fim, vamos sorrir todos juntos”, prosseguiu o dirigente.

O diretor de futebol, porém, descarta falar de qualquer reformulação no momento. Cuca vem repetindo a necessidade de reforços, mas Mattos nega que o técnico tenha pedido o zagueiro Gum, do Fluminense, e também não fala do volante Leandro Donizete, que está no Atlético-MG e foi comentado no Verdão. Enquanto o treinador avalia seu elenco, o discurso é de confiança a quem está no clube.

“O que tem de novidade é: precisamos resgatar o emocional. Precisávamos da vitória contra o Rio Claro para tirar um peso, e a preocupação enorme agora é o Corinthians. A maior contratação que o Palmeiras pode fazer agora é resgatar alguns jogadores que estão um pouco abaixo e, aí sim, fazer um caminho mais firme”, declarou, citando o Derby de domingo, mostrando dar a importância da torcida ao clássico.

“Não tenho nada a reclamar do torcedor. Muito pelo contrário, é um apaixonado sempre apoia e tem um carinho muito grande. De burro, não tem nada. Muitas vezes, acaba envolvido porque perde um jogo de quatro para o Água Santa. Mas até eu mesmo chutei o balde, xinguei. É assim mesmo. Temos o coração no negócio, é um esporte, com razão e coração”, afirmou.

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