Quase rebaixado, campeão e decepção: Como o Palmeiras voltou das últimas pausas - Gazeta Esportiva
Quase rebaixado, campeão e decepção: Como o Palmeiras voltou das últimas pausas

Quase rebaixado, campeão e decepção: Como o Palmeiras voltou das últimas pausas

Gazeta Esportiva

Por Redação

01/04/2020 às 09:00

São Paulo, SP

O elenco palmeirense entrou de férias nesta quarta-feira, após mudanças do clube no calendário em resposta à pandemia do coronavírus. Os jogadores terão recesso entre o dia 1 e 20, ainda sem a garantia de quando a temporada será reiniciada.

Apesar de incomum, a interrupção não será novidade no calendário brasileiro. Por conta das últimas edições da Copa do Mundo e da Copa América disputada no Brasil, o país passou por três grandes pausas recentes. Para o Palmeiras, as paralisações tiveram impactos diferentes: o quase rebaixamento de 2014, o título brasileiro de 2018 e o fracasso do segundo semestre de 2019.

Salvo nos acréscimos
Em 2014, com Ricardo Gareca no comando, a ressaca do 7x1 foi ainda pior para o Palmeiras. O clube passou, logo de cara, por um período de sete jogos sem vitórias no Campeonato Brasileiro, com seis derrotas e um empate. A sequência colocou o Alviverde na luta contra o rebaixamento e custou o emprego do argentino.

Em 2014, Palmeiras se salvou do rebaixamento na última rodada (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)


Com a chegada de Dorival Júnior, em meio à eliminação nas oitavas de final da Copa do Brasil para o Atlético-MG, a situação melhorou um pouco, mas não muito. Foram seis vitórias, cinco empates e nove derrotas até o fim do Brasileirão. O Verdão só se salvou da Série B na última rodada, com empate em casa contra o Athletico-PR e a derrota do Vitória para o Santos no Barradão.

Ao todo o clube fez 33 jogos depois do Mundial de 2014, com nove vitórias, seis empates e 18 derrotas, para aproveitamento de 33,3%.

Campeão brasileiro
Quatro anos depois, após a Copa do Mundo da Rússia, o cenário foi o oposto para o Verdão. O time engrenou após a contratação de Felipão e decolou para faturar o decacampeonato nacional. Foram 18 vitórias, sete empates e uma derrota na competição, para ultrapassar Flamengo, Atlético-MG, São Paulo, Internacional e Grêmio na tabela.

Palmeiras fez ótimo segundo semestre após Copa de 2018 (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)


Nos torneios de mata-mata, o time parou nas semifinais. Na Copa do Brasil, caiu para o Cruzeiro, após derrota em casa e empate no Mineirão. Na Libertadores, foi eliminado pelo Boca Juniors, após derrota na Argentina e empate no Allianz Parque.

Ao todo, o clube fez 36 jogos depois do Mundial de 2018, com 22 vitórias, dez empates e quatro derrotas, para aproveitamento de 70,4%.

Queda de Felipão e Mano
A expectativa era alta para o Palmeiras após a parada para a Copa América de 2019, o Verdão era o atual campeão brasileiro, tinha mantido o trabalho de Felipão, liderava o torneio nacional e estava vivo na Libertadores e Copa do Brasil. O desempenho, porém, foi bem abaixo do esperado e o Alviverde terminou a temporada sem títulos.

Na retomada do Brasileirão, o time passou a tropeçar e perdeu a liderança para o Santos, que depois seria ultrapassado pelo Flamengo. Foram 13 vitórias, dez empates e seis derrotas no torneio, para terminar no 3º lugar.

Palmeiras perdeu a liderança do Brasileiro em 2019 e terminou no 3º lugar (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)


Nos mata-matas, novas eliminações. A equipe caiu nos pênaltis para o Internacional nas oitavas de final da Copa do Brasil e nas quartas de final para o Grêmio na Libertadores. Os fracassos somados à queda no Brasileiro custaram o cargo de Felipão, demitido em setembro.

Mano Menezes assumiu o elenco mas não conseguiu melhorar o desempenho. Muito criticado pela torcida, o técnico teve passagem curta e foi demitido ainda em novembro, antes do término da temporada.

Ao todo, o clube fez 35 jogos depois da Copa América de 2019, com 16 vitórias, 11 empates e oito derrotas, para aproveitamento de 56,2%.

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