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Perto da final, empresário crê em respeito mútuo entre Prass e Oliveira

Segundo empresário, Prass e Oliveira não levaram polêmicas para fora de campo (Foto:Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
Segundo empresário, Prass e Oliveira não levaram polêmicas para fora de campo (Foto:Sergio Barzaghi/Gazeta Press)

Oldegard Filho não faz parte dos elencos de Palmeiras e Santos, nem da equipe de arbitragem e muito menos da imprensa esportiva. Contudo, não deixa de ser personagem singular em meio à decisão desta quarta. Empresário do futebol, Oldegard agencia as carreiras de Fernando Prass e Ricardo Oliveira, protagonistas em uma uma série de polêmicas ao longo do ano. O agente, no entanto, minimiza os desentendimentos e nega qualquer animosidade.

A finalíssima da Copa do Brasil entre Palmeiras e Santos, a primeira da história entre times paulistas, por si só é um fato marcante. O sétimo confronto entre os times em 2015, nesta quarta, decidirá quem vai ficar com a vaga na Copa Libertadores do próximo ano. Um aspecto em particular, porém, dá contornos ainda mais dramáticos à decisão: a rivalidade entre Fernando Prass e Ricardo Oliveira, que começou ainda no meio do ano.

Em conversa por telefone com a Gazeta Esportiva às vésperas da decisão, Oldegard admitiu estar surpreso com a repercussão do entrevero dentro de campo, em parte pelas declarações em que ambos se acusaram depois de um jogo no Palestra Itália, pelo Campeonato Brasileiro, quando começou toda a polêmica. No entanto, fez elogios aos dois atletas e negou qualquer clima tenso nas tratativas entre os clientes.

“Foi uma sequência de fatos que começou no Brasileiro, quando teve aquele choque entre os dois. Um disse que foi agredido, o outro falou que não agrediu, e ficou um mal entendido. Por conta da rivalidade entre os times em 2015 isso tomou outros contornos, criou uma rivalidade que foi explorada em cima dos dois. Ambos deram motivo, já que no calor do jogo deram declarações e acabou ficando um clima acirrado. No fundo, no fundo, nunca existiu nada e esse clima de jogo não tem problema nenhum”, comentou.

Trabalhando com Ricardo Oliveira há quase dez anos, e responsável pela chegada de Prass ao Palmeiras no fim de 2012, o empresário preferiu não conciliar a relação de ambos após os primeiros acontecimentos. “Nunca houve intenção nem tentativa. Esse problema não foi levado para fora de campo. Não existe nenhuma mágoa, nenhuma restrição. Claro que eles não são amigos. Agora, existe um respeito mútuo e é isso que vai prevalecer”, garantiu.

Foi no jogo do primeiro turno do Brasileirão que o mal entendido começou (Foto:Fernando Dantas/Gazeta Press)

“Eu acho que os dois têm como característica o fato de serem discretos no seu dia a dia, nunca se envolverem em polêmicas. Agora, dentro de campo cada um vai defender o que lhe é conveniente. Nesse próximo jogo pode não acontecer nada, como pode acontecer”, prosseguiu, tratando com naturalidade os desentendimentos no campo e acreditando que, pelo profissionalismo de ambos, a polêmica não acarretará em maiores consequências.

Vizinhos em um condomínio de Alphaville, próximo à Capital, Fernando Prass e Ricardo Oliveira não levaram para o lado pessoal os episódios dentro de campo, apesar das discussões e esbarrões no Palestra, além da catimba dois dois na Vila Belmiro, em jogos pelo Campeonato Brasileiro.

“Vira e mexe eles se encontram e se cumprimentam educadamente. Eles têm um comportamento civilizado. O Prass é um dos líderes do Bom Senso; o Ricardo segue uma linha evangélica na qual pretende traçar sua vida como pastor depois de encerrar a carreira. Os dois têm uma vida particular muito centrada. Eles têm como característica serem discretos no seu dia a dia e não se envolverem em polêmicas” declarou.

Maior goleador do Santos no Brasileiro, Ricardo Oliveira é esperança de gols para o Santos, apesar de o artilheiro do time na Copa do Brasil ser o companheiro de ataque Gabriel. Já Fernando Prass, que teve atuação importante no primeiro jogo ao evitar, ao menos, duas chances de gol do Santos, é uma das poucas garantias que o Verdão tem em meio a uma zaga que ainda deixa espaços, e virá reformulada com a entrada de João Pedro na vaga do titular Lucas, suspenso.

*especial para Gazeta Esportiva

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