Patrocinador expõe troféu, mas relação com Palmeiras sofre abalos - Gazeta Esportiva
Patrocinador expõe troféu, mas relação com Palmeiras sofre abalos

Patrocinador expõe troféu, mas relação com Palmeiras sofre abalos

Gazeta Esportiva

Por William Correia

15/12/2015 às 09:00 • Atualizado: 15/12/2015 às 09:50

São Paulo, SP

FAM e Crefisa ajudarem em contratações, mas ficaram fora da festa do título (Foto:Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
FAM e Crefisa ajudaram em contratações, mas ficaram fora da festa do título (Foto:Sergio Barzaghi/Gazeta Press)


A Faculdade das Américas (FAM) atraiu centenas de pessoas ao abrir em sua sede, na rua Augusta, exposição do troféu da Copa do Brasil e itens usados pelos jogadores do Palmeiras na conquista da semana retrasada. Mas a relação do grupo que controla a FAM e também a Crefisa, outra patrocinadora do clube, com a diretoria acabou sofrendo abalos.

Os patrocinadores não foram convidados para a festa oficial do título, promovida pelo clube no dia seguinte à taça - o Verdão argumentou às empresas um pedido da comissão técnica para uma celebração mais reservada. Causou também incômodo ver os jogadores usando no gramado, logo após a conquista, uma camisa comemorativa sem as marcas da Crefisa e da FAM. Embora a posição oficial seja para evitar atritos públicos, até porque o contrato de parceria se mantém.

“Isso precisa ser conversado com os dirigentes do Palmeiras. Fica muito chato o patrocinador ficar se metendo em quem o Palmeiras convida ou não”, disse Leila Pereira, responsável por Crefisa e FAM, à Gazeta Esportiva, sobre a ausência na festa do título. “Na minha casa, todo torcedor palmeirense e os dirigentes são extremamente bem-vindos sempre. Mas só posso responder sobre a minha casa. Sobre lá, o patrocinador não opina.”

José Roberto Lamacchia, palmeirense, proprietário das empresas e marido de Leila Pereira, tem se queixado que o presidente Paulo Nobre já não o escuta. O mandatário do Verdão não esteve na abertura da exposição dos itens da conquista da Copa do Brasil e coube ao vice-presidente Maurício Precivalle Galiotte representar a diretoria na noite dessa segunda-feira.

A Crefisa e a FAM fazem mais do que pagar para exibição de suas marcas na camisa do clube. Os investimentos chegaram a cerca de R$ 100 milhões e ajudaram nas contratações de Lucas Barrios, Thiago Santos, Leandro Almeida e na renovação com Vitor Hugo até agosto de 2020. Mas, até agora, os patrocinadores garantem que não foram nem consultados sobre reforços para a disputa da Libertadores de 2016.

“Não fomos procurados, talvez porque ainda estejamos no calor do campeonato. Pode ser que venhamos a conversar, mas não tem nada até agora”, disse Leila, reiterando que não parte da empresa a ideia de contratações. “Quem decide os reforços é o Palmeiras, com seu presidente e seu departamento de futebol. A Crefisa e a FAM não têm ingerência alguma. Nas contratações que foram feitas, o Palmeiras nos procurou e colaboramos”, comentou.

Na abertura da exposição “Os heróis da conquista”, na noite dessa segunda-feira, na FAM da rua Augusta, Lamacchia fez questão de tirar fotos e conversar com membros da Mancha Alviverde, organizada que costuma se posicionar contra Nobre. “Estamos do lado não só da Mancha, mas de toda a torcida palmeirense”, avisou Leila, orgulhosa do evento que teve a bateria da uniformizada animando a entrada do local.

“É impossível ficar insensível a uma manifestação dessas. Somos patrocinadores e também apaixonados pelo Palmeiras, é um prazer enorme para a gente. O Palmeiras só deu sorte a nós e acho também que a FAM e a Crefisa deram força ao Palmeiras”, encerrou Leila Pereira.

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