Felipe Melo vê protestos como questão de educação do povo brasileiro - Gazeta Esportiva
Felipe Melo vê protestos como questão de educação do povo brasileiro

Felipe Melo vê protestos como questão de educação do povo brasileiro

Gazeta Esportiva

Por Lorenzo Meyer*

06/08/2019 às 15:01 • Atualizado: 06/08/2019 às 18:21

São Paulo, SP

Felipe Melo concedeu entrevista coletiva (Foto: Cesar Greco/SEP)


Com a eliminação na Copa do Brasil, a sequência de cinco jogos sem vitórias – encerrada contra o Godoy Cruz – e a perda da liderança do Brasileiro para o Santos, o Palmeiras entrou em rota de colisão com parte da torcida, que chegou a protestar em tom de ameaça a Felipão antes do clássico contra o Corinthians.

Em entrevista coletiva nesta terça-feira na Academia de Futebol, Felipe Melo demonstrou cautela para não ser mal interpretado quando abordado sobre o assunto, mas afirmou que isso faz parte da cultura do brasileiro, lembrando que passou por situações semelhantes em todas as temporadas desde que chegou, em 2017.

“Eu tenho três anos aqui, teve protestos em todos os anos. Isso é questão de educação do povo brasileiro, infelizmente. É um time que ficou um sem perder no Brasileiro, é o atual campeão e saiu na Copa do Brasil para um grande rival. Estamos classificados na Libertadores e brigando pelas primeiras posições do Brasileiro. E o time é chamado de pipoqueiro?! São situações que não vão mudar”, disse.

“A gente olha para o lado e vê um pai mandando o filho de dois anos xingar você no estádio. É questão de educação, vem de berço. E cabe a nós jogadores fazer o nosso papel que é trabalhar”, completou.



Felipe Melo ainda ressaltou que o cenário alterna rapidamente no futebol, elucidando que o clima poderia ter seguido complicado caso o clube palestrino não tivesse conseguido ao menos o empate contra o Corinthians, no último domingo, em Itaquera.

“Futebol as coisas mudam muito rápido. De repente, se nós não tivéssemos empatado com o Corinthians, estaríamos falando de uma outra situação aqui. O torcedor poderia vir aqui na porta do CT. Várias coisas poderiam ter acontecido. E se a gente tivesse vencido voltaríamos a ser os melhores do Brasil, o time a ser batido. Há muito tempo não tem bobo no futebol, são 11 contra 11", finalizou.

*Especial para a Gazeta Esportiva

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