
Chefe de arbitragem da CBF vê erro por não expulsão e afasta juiz de Athletico-PR x Palmeiras
Por Redação
São Paulo, SPA partida na Ligga Arena, válida pela 13ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, terminou empatada em 2 a 2. Após o confronto, o auxiliar técnico do Verdão, João Martins, detonou a arbitragem nacional e apontou que "é ruim para o sistema o Palmeiras ganhar (o Brasileirão) dois anos seguidos". Além disso, Martins declarou que "na Europa, não veem jogos do Brasileiro porque parece mais teatro do que futebol".
A conversa entre a arbitragem de vídeo e o juiz da partida, Jean Pierre Gonçalves Lima (RS), debateu apenas sobre a marcação da penalidade máxima — sem citar advertência por cartão vermelho.
"A gente vê o Jean Pierre em uma distância muito longa da ação. Espera-se que para ações profundas à área de meta, que o árbitro tenha uma aproximação maior para ele poder ver detalhes. Quando a gente toma uma distância tão grande como essa, tendo inclusive um jogador à frente dele — que pode bloquear o ângulo de visão —, torna difícil ele poder analisar essa jogada no tempo real. Por isso que, no final das contas, teve que haver uma revisão dessa ação", apontou Seneme.
O Chefe da Comissão de Arbitragem apontou que Zé Ivaldo, defensor do Furacão, abandonou a disputa pela bola ao tentar bloquear a ação do atacante do Alviverde.
"Devemos avaliar esse tipo de contato — se é normal, faltoso, conduta violenta. A ação está dissociada da disputa pela bola. A regra é muito clara quanto a isso: cotovelo indo diretamente ao rosto e cabeça do adversário, é possível interpretar como conduta violenta. Se o braço não tivesse força suficiente, não seria conduta violenta. Essa ação deveria, sim, ter sido considerada como cartão vermelho", justificou Seneme.
Jean Pierre usou a expressão "braço temerário" ao analisar a jogada na arbitragem de vídeo.
"Para ser "braço temerário", ele deveria ter analisado uma disputa pela bola. Como não houve, ele teria que ter analisado uma possível conduta violenta, o que ele não fez. Eles acertaram tecnicamente, mas teve erro porque o jogador abandona a disputa pela bola e vai com o cotovelo na cabeça do adversário", completou o chefe da CBF.
Seneme, por fim, oficializou que o juiz do Rio Grande do Sul entrará em processo de reciclagem.
"Vamos conversar com o Jean e ele vai entrar no Programa de Assistência ao Desempenho do Árbitro, passar por um período de análise para ele poder, enfim, trabalhar esses conceitos do que é conduta violenta", finalizou.