Nesta sexta-feira, o Ceará entrou na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF para protocolar uma cobrança contra o Palmeiras. No entendimento da diretoria do Vozão, o clube tem direito a uma parcela da mais valia na negociação que definiu a venda de Arthur Cabral do Basel para a Fiorentina.
O Palmeiras tinha como acordo com o clube suíço o recebimento de 30% do lucro da negociação. Já o Ceará alega ter direito a receber metade do valor referente a essa porcentagem e que não recebeu o repasse do clube paulista. Por isso, reuniu documentações e acionou a CBF. A informação foi publicada inicialmente pelo globoesporte.
Para adquirir o centroavante, a Fiorentina pagou cerca de R$ 92 milhões. Como clube formador do atleta, o Ceará tem direito a 2,6% do negócio (cerca de R$ 2,3 milhões) pelo mecanismo de solidariedade da Fifa. Assim, somando com o que alega ter direito a receber pela mais valia, a diretoria cearense espera a entrada de R$ 12 milhões.
Já o Palmeiras entende que não há débitos com o Ceará. Procurado pela Gazeta Esportiva, o clube alviverde disse que “se houver necessidade, vai se manifestar sobre essa questão nos fóruns competentes”.
Depois de se destacar pelo Ceará, Arthur Cabral foi adquirido pelo Palmeiras em 2018, com um contrato de cinco anos. No Verdão, não teve muitas oportunidades e foi emprestado ao Basel, da Suíça em 2019. Com bom desempenho, foi comprado em definitivo pelos suíços na temporada seguinte. Já no início deste ano, a Fiorentina contratou o jogador após perder o artilheiro Vlahovic.