Gazeta Esportiva

Após dois anos, Nobre consegue patrocinador sem reformular marketing

Paulo Nobre queria ser reeleito para aproveitar os frutos do que plantou em seu primeiro e contestado mandato. Ao anunciar o mais rentável patrocínio da história do Palmeiras, parece ter colhido o último resultado positivo fora de campo. O presidente acertou com a Crefisa mesmo sem precisar reformular o departamento de marketing após um decepcionante biênio.

“Fiz dois anos de gestão, e este foi um presente maravilhoso. Temos a Crefisa como o melhor patrocínio da história da Sociedade Esportiva Palmeiras e o plano de sócio-torcedor correspondendo como um segundo máster. Isso nos ajudará muito a poder dar passos largos e ter um horizonte diferente no próximo biênio”, comemorou o dirigente.

Após a reformulação que exerceu ao assumir a presidência, em janeiro de 2013, Nobre só fez uma alteração no marketing: demitiu Marcelo Giannubilo, diretor remunerado dispensado em agosto, no mês do centenário do clube. Por enquanto, o departamento segue com Paulo Gregoraci como estatutário, mas, no clube, os méritos pelo acerto com a Crefisa são dados a funcionários que já estavam no Verdão antes da atual gestão.

Presidente já reformulou o futebol e, enfim, conseguiu patrocinador máster que faltou no primeiro mandato – Credito: Divulgação
De qualquer forma, Nobre anunciou o acordo de duas temporadas, com R$ 23 milhões arrecadados em cada uma delas, como resultado de sua administração. “Na primeira gestão, ninguém merecia passar o que passamos. Mas, agora, estamos começando a colher os frutos”, disse o presidente.

O único acordo mais longo de patrocínio com Nobre ocorreu poucas semanas após ele assumir como presidente. Por falta de opção, aceitou receber da Kia R$ 500 mil mensais nos cinco primeiros meses de 2013, bem abaixo dos R$ 1,4 milhão que os sul-coreanos pagavam na gestão anterior – na redução, a empresa só perdeu a exposição na barra da camisa. No ano passado, a Caixa Econômica ofereceu R$ 25 milhões após o Verdão conseguir a Certidão Negativa de Débito e, quando Nobre se convenceu a aceitar, o banco já não estava mais disposto a investir.

Agora, o valor acertado fica abaixo dos R$ 30 milhões anuais que o presidente tinha definido como meta na primeira gestão, mas está dentro do esperado. “O planejamento para 2015 previa que a camisa trouxesse receita. Nada que investimos é sem estar calçado em bases sólidas. O patrocínio apenas ajuda a confirmar o planejamento estabelecido em 2014”, disse o presidente, ainda buscando patrocínios para outras áreas da camisa. E sorrindo por ser elogiado após intensas críticas.

“Com coerência, se você não perder nunca o foco e o norte de onde quer chegar, todos estarão felizes no fim da linha. Todo um trabalho feito e tudo que plantamos, por mais duro que tenha sido, foi colhido agora. A responsabilidade segue a mesma, mas, com capital para trabalhar, se dá passos muito mais largos”, ensinou.

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