As medidas adotadas pelas autoridades para conter a disseminação da pandemia do coronavírus atingiram diretamente o futebol brasileiro. A suspensão das competições e a redução drástica nas receitas será um problema para entidades com custos fixos elevados.
"O momento é muito difícil, não só do futebol mas da sociedade brasileira, de todas as classes, trabalhadores. O Fluminense já está sofrendo as consequências como outros clubes estão, tivemos patrocinadores cancelando contratos, estamos sem receitas de bilheterias, venda de camisas, Não temos como vender atletas, que também é uma fonte de receita", ressaltou o mandatário Tricolor.
"Eu vi uma matéria hoje que o Barcelona está sofrendo enormes prejuízos financeiros. Se ele está sofrendo, imagine os clubes do Brasil", completou.
Proposta na mesa
Mário Bittencourt é membro da Comissão Nacional de Clubes. A entidade se reuniu com a CBF e representantes dos atletas na última sexta-feira para discutir alternativas.
"Estamos fazendo um acordo nacional para tentar salvar o futebol brasileiro. Existe uma comissão, faço parte dela. Fizemos uma videoconferência com mais de 20 presidentes de clubes e tentamos desenvolver uma proposta de acordo para serem levadas aos atletas e profissionais de futebol, para que a gente tente diminuir os prejuízos. Todos que vivem do futebol estão tento prejuízos e nossas ideia é preservar o maior número de empregos possíveis", explicou.
Em caso seja confirmada uma paralisação do futebol por pelo menos 60 dias, a Comissão propôs a suspensão dos contratos de trabalho.
"Os atletas não ficariam prejudicados, porque os contratos seriam esticados pelo tempo em que eles ficassem parados. A ideia é colocar pra frente, porque certamente não conseguiríamos cumprir o calendário, teríamos que rediscutir fórmulas. Essa proposta foi encaminhada aos atletas, os capitães dos times estão avaliando e estamos esperando uma resposta, uma contraproposta", concluiu.