Flamengo tenta ser de 'outro patamar' até na paralisação - Gazeta Esportiva
Flamengo tenta ser de 'outro patamar' até na paralisação

Flamengo tenta ser de 'outro patamar' até na paralisação

Gazeta Esportiva

Por Redação

25/03/2020 às 19:07

São Paulo, SP

Equipe do momento no futebol brasileiro, o Flamengo tenta ser de 'outro patamar' até na paralisação. A pandemia do coronavírus fez os clubes fecharem seus CTs e os jogadores aguardam em casa o retorno das atividades. Sem previsão para a bola voltar a rolar, os clubes tentam aliviar o impactos da inatividade sobre os atletas.

Os departamentos médico e físico do Flamengo estão executando um planejamento ambicioso e provavelmente sem paralelo no país. Com uma das melhores estruturas disponíveis no Brasil, o Rubro-Negro busca evitar maiores problemas no futuro.

(Foto: Alexandre Vidal/Gazeta Press)


Uma das características do Flamengo campeão brasileiro de da Libertadores em 2019 foi o baixo índice de lesões. Isso foi o resultado da integração dos diversos departamentos que cuidam dos atletas. Preparação física de excelência, conjugada com a fisiologia e o apoio do departamento médico.

O desafio que se apresenta agora com a quarentena do coronavírus é inédito. Diferente das férias normais, os jogadores são forçados a permanecerem dentro de suas casas. As academias, inclusive as dos condomínios, estão fechadas.

Para piorar, também ao contrário das férias, o calendário apertado não dará tempo para uma pré-temporada de duração adequada. Em entrevista à FlaTv, o preparador português Mário Monteiro deu detalhes sobre o trabalho que está sendo feito com os atletas.

"O atleta recebe uma planilha de treinos. Quando ele termina a tarefa, ele vai à plataforma. Cada jogador tem o seu aplicativo (de celular) registrado numa plataforma. Quando termina, essa informação vai estar lá numa base de dados", explicou.



As informações disponíveis são avaliadas pela fisiologia. Dados como o nível de cansaço, qualidade da estrutura muscular e stress permitem a avaliação qualitativa do treino.

Para melhorar as condições dos atletas em suas casas, o clube forneceu kits com equipamentos de ginástica e musculação. Na semana passada, o Flamengo entregou o material aos jogadores que permaneceram no Rio de Janeiro.



"O Flamengo é o único clube do Brasil que consegue proporcionar esta condição para nossos atletas. Esse é um grande elogio que eu tenho a fazer a toda estrutura do Clube de Regatas Flamengo", disse Mário Monteiro.

Objetivo é evitar o destreinamento excessivo O Dr. Márcio Tannure ressaltou as diferenças em relação às férias normais. A preocupação agora é que os atletas mantenham um certo nível de preparação, para que ao retornarem não demorem a recuperar a forma.

"Quando eles estão de férias, talvez a gente se preocupe um pouco menos com essa questão. Porque ainda tem um período de pré-temporada. Nessa situação totalmente atípica, que ninguém imaginava que aconteceria, a gente tá tentando ao máximo, E com uma preocupação até maior", afirmou o Dr. Tannure.



"Por isso a gente se preocupou até em montar academias na casa de cada um. Porque a gente sabe que quando a gente voltar, vai estar com o calendário apertado. E provavelmente esse período de pré-temporada que a gente tinha (nas férias), a gente não vai ter", continuou.

"A gente vai ter uma grande quantidade de jogos. Então o nosso sacrifício, especialmente deles, é pra que eles tentem destreinar o mínimo possível", concluiu.

O Flamengo disputou sua última partida antes da paralisação no sábado, dia 14 de março. Desde então os jogadores estão longe do CT Ninho do Urubu, que foi fechado no dia 16 por uma semana. No último sábado a diretoria prorrogou a suspensão das atividades no CT por tempo indeterminado.

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