Dirigentes do Flamengo não comparecem à reunião sobre tragédia do Ninho
Por Gazeta Press
07/02/2020 às 14:49 • Atualizado: 07/02/2020 às 15:51
Rio de Janeiro, RJ
Segundo o deputado, na próxima sessão, caso os dirigentes não se apresentem, a Polícia Civil deverá conduzi-los para a Alerj a fim de que o depoimento seja prestado. O ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, também convocado, conseguiu um voo de Brasília, onde estava, para comparecer.
Diante dos problemas gerados, o Flamengo enviou rapidamente seu CEO, Reinaldo Belotti, porém o mesmo não estava dentre os convocados. Familiares das vítimas também foram chamados. Wedson Candido de Matos, pai de Pablo Henrique, um dos mortos na tragédia, acusou o clube de ter abandonado os familiares.
"Desde a tragédia, conversei apenas uma vez com o Flamengo, e nem foi com um dirigente, mas sim com o advogado. O clube nos abandonou em uma atitude de total desprezo. Não sabemos o que vai acontecer. Não tenho raiva da torcida nem do time, mas acho que essa diretoria omissa vai deixar uma mancha muito grande", disse.
O Ministério Público está agindo e os dirigentes do Flamengo poderão responder criminalmente pelo incêndio. A postura de alguns tem irritado os familiares. Recentemente, um dirigente falou na FlaTV em "virar a página", o que revoltou a família das vítimas.
Durante todo o ano de 2019, torcedores rubro-negros tentaram prestar homenagens aos jovens mortos na tragédia nos jogos. Contudo, alguns torcedores rivais utilizaram a tragédia para gritar contra o rival em jogos. O fato que causou mais polêmica aconteceu no Campeonato Carioca deste ano, na vitória de 1 a 0 do Fluminense sobre o Flamengo. Tricolores gritaram "time assassino" durante o jogo para provocar o rival. A Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) denunciou o Tricolor na última segunda-feira e o clube irá a julgamento, podendo ser punido.