Equatoriano Enner Valencia pode superar recorde que divide com Eusébio, Paolo Rossi e Salenko - Gazeta Esportiva
Equatoriano Enner Valencia pode superar recorde que divide com Eusébio, Paolo Rossi e Salenko

Equatoriano Enner Valencia pode superar recorde que divide com Eusébio, Paolo Rossi e Salenko

Gazeta Esportiva

Por AFP

28/11/2022 às 09:32

São Paulo, SP

O atacante equatoriano Enner Valencia marcou seis gols consecutivos entre as Copas do Mundo de 2014 e 2022. O feito tinha sido conseguido apenas pelo português Eusébio (em 1966), pelo italiano Paolo Rossi (em 1982) e pelo russo Oleg Salenko (em 1994).

Se Valencia conseguir marcar o gol do Equador nesta terça-feira contra o Senegal, ele se tornará o primeiro jogador da história a anotar sete tentos gols seguidos.

Eusébio (1966)


A “Pérola Negra” foi o primeiro jogador a alcançar esse número, no Mundial da Inglaterra.
Depois de não ter conseguido balançar as redes no primeiro jogo contra a Hungria, marcou o segundo gol dos três contra a Bulgária.

O atacante português brilhou mesmo no terceiro desafio, quando Portugal venceu o Brasil por 3 a 1, com o segundo e terceiro marcados por Eusébio.

Nas quartas de final, Portugal enfrentou a surpreendente Coreia do Norte, que vencia por 3 a 0 até os 25 minutos, mas Eusébio liderou a virada marcando quatro gols, dois deles de pênalti, em meia hora.

O gol de José Augusto que fechou o placar em 5 a 3 quebrou a sequência de gols de Eusébio, que ainda marcaria mais dois gols no torneio, na derrota na semifinal para a Inglaterra e um dos dois tentos que deram a terceira colocação para a seleção portuguesa.

Paolo Rossi (1982)


Rossi reapareceu a tempo de disputar a Copa do Mundo da Espanha, após cumprir uma dura sanção devido ao seu envolvimento no escândalo de manipulação de resultados que ficou conhecido na Itália como ”Totonero”. Nem o retrospecto da Azzurra no torneio, nem o do jogador, prenunciavam o que viria depois.

A Itália se classificou em segundo lugar em seu grupo com três empates. Paolo Rossi não conseguiu marcar gols contra Polônia, Peru e Camarões. Isso “condenou” os italianos a disputarem uma segunda fase, em um grupo de três, ao lado de dois dos grandes favoritos: o Brasil de Zico e a Argentina de Maradona.

A Itália derrotou a Argentina, então campeã mundial, por 2 a 1, mas Rossi tampouco conseguiu marcar, deixando seu grande dia para o jogo seguinte com um hat-trick contra o Brasil. A Itália venceu por 3 a 2 no épico confronto que ficou conhecido como “Tragédia do Sarriá”.

Em seguida, ele marcou os dois gols contra a Polônia nas semifinais e abriu o placar na final, na qual a Itália venceu a Alemanha por 3 a 1, sagrando-se tricampeã. Rossi foi decisivo na reta final da campanha de sua seleção, com gols nas quartas de final, nas semifinais e na final.


Oleg Salenko (1994)


A glória do atacante russo foi bem mais efêmera, porque cinco de seus seis gols foram marcados em um único jogo, na goleada por 6 a 1 sobre Camarões, vitória que não impediu a eliminação da Rússia, que havia perdido na estreia contra o Brasil e contra a Suécia (3-1), jogo em que Salenko marcou seu primeiro gol.

Pelo menos Oleg Salenko tem o consolo de ser o jogador que mais marcou gols em uma partida da Copa do Mundo (5).

Enner Valencia (2014 e 2022)


Se os três anteriores alcançaram a marca em uma única edição da Copa do Mundo, Valencia conseguiu o feito em duas, com a dificuldade adicional de o Equador não ter se classificado para a última edição, na Rússia.

Na Copa do Brasil, em 2014, Valencia marcou o único gol do Equador na derrota para a Suíça no primeiro jogo e os dois na vitória sobre Honduras. Ele não marcou no 0 a 0 contra a França, que eliminou os equatorianos.

No Catar, o atual jogador do turco Fenerbahçe, aos 33 anos, foi o autor de uma dobradinha na vitória na estreia contra a seleção da casa e marcou o gol de empate contra a Holanda.

O resultado diante dos holandeses deixa a seleção equatoriana a um empate contra o Senegal da classificação para as oitavas de final. Com isso igualaria o melhor desempenho da seleção sul-americana em suas quatro participações em Copas do Mundo, após alcançar as oitavas na Copa da Alemanha em 2006.

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